No início do século passado, inspirado
em um período de estadia na Índia, Herman Hesse escreveu o romance
“Sidarta”. O livro trata basicamente da busca humana pelo estado de
plenitude. O personagem passa por várias experiências na crença e na
descrença para, por fim, atingir tal estado. Em 1972 o grupo de rock
progressivo YES escreveu uma obra inteira (“Close to the Edge”)
inspirada nesse livro. Em 2009, na cidade de São Vicente (SP) alguns
músicos se reuniram na intenção de trabalhar temas ligados às mais
diversas filosofias espiritualistas, numa proposta holística que também
mistura diversos estilos rítmicos e melódicos.
Coordenado por Rogério Baraquet, o grupo identificou-se com a proposta da agora clássica obra do escritor alemão e adotou seu nome. A banda Sidarta é formada atualmente por Baraquet
(voz, violões, guitarras, ukulele, teclado), Chico Nass (baixo), Allan
Lima (guitarras, violão), Jayme Lopes (voz e percussão), João Paulo
França (bateria), Ana Luiza Branches (voz), Abigail Baraquet (escaleta,
sinos, percussão), Maritta Araújo (voz), Adhoksaja Das (mrdanga,
kartalas, voz), Livany Salles (voz), Leonai Gomes (voz) e Sérgio Argento
(percussão, sax e flauta). E tem recebido, ao longo dos anos, cada vez mais notoriedade no cenário musical não só da região, mas de outras cidades.
Trajetória
Inicialmente com apresentações no
pequeno Espaço RAJ, em São Vicente, logo as fronteiras foram expandidas e
hoje a banda conta em seu currículo apresentações em lugares de
bastante relevância cultural, como a Casa das Rosas, na capital, a
Fundação Pinacoteca Benedito Calixto e o SESC, e também em eventos de
igual porte, como a Virada Cultural Paulista e a Mostra de Arte
Contemporânea.
A formação reúne pessoas das mais
variadas origens e faixas etárias, inclusive “jovens” de mais de 70
anos. Suas apresentações tem chamado atenção pela base musical e vocal
bem cuidada e, principalmente, pelas misturas inusitadas: de mantras
indianos com rock e música sacra com ritmos brasileiros, só para citar
alguns exemplos.
O CD
Em agosto de 2009 algumas pessoas – uns
músicos profissionais, outros não – se reuniram com algumas outras
pessoas para tocar e cantar canções que tivessem em comum a filosofia
espiritual. A intenção era simplesmente a de formar uma “vibe” positiva
através do poder da música, com a leveza de um encontro de amigos e de
futuros amigos.
No princípio, a linha mestra eram os
bhajans (canções baseadas em mantras indianos), mas logo as fronteiras
foram se expandindo e foram entrando músicas indígenas, cantos
afrobrasileiros, canções árabes e judaicas. Os arranjos também iam se
diversificando: pop, rock, samba, afoxé, blues e até baião foram
entrando na mistura. Ao mesmo tempo as fronteiras daquela sala também se
expandiram e aquele grupo de amigos se tornou uma banda. Este CD é o
reflexo de quatro anos de desenvolvimento e amadurecimento dessa
história, grande parte dele burilado naquela mesma sala onde tudo
começou. “Cada um contribuiu com sua história e sua inspiração,
ninguém ficou de fora do processo. Nesse tempo todos cresceram, tanto
pessoal como musicalmente. Alguns passaram e seguiram seus caminhos,
outros chegaram e ficaram e o resultado dessa jornada está aqui.
Esperamos que vocês tenham tanto prazer em ouvir como nós temos em tocar
e cantar”, ressalta Rogério Baraquet.
As apresentações do Sidarta misturam mantras indianos, rock e música
sacra com ritmos brasileiros. Em fevereiro de 2014, a banda lançou seu
primeiro CD, que traz em 13 faixas, composições autorais e versões de
canções de domínio público.
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
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