domingo, 21 de maio de 2017

LEVI RAMIRO - PURUNGA - (EXCLUS. TB)

 
Imagine um cabôco talentoso, mesmo, violeiro e músico de mão cheia, luthier especializado em construir instrumentos de cabaça (de onde vem o nome de seu disco, Purunga).
Purunga traz 17 músicas, com alguns parceiros, como João Bá, Adriano Rosa, João Evangelista Rodrigues e Paulo Nunes. Músicas que unem a singeleza do violeiro com a vanguarda artística do grande cara que é o Levi. Tive a sorte de acompanhar o feitio do disco, por isso, sei que o Levi em meio ao processo de gravação resolvia que precisava de tal timbre, e lá ia ele construir o instrumento de cabaça. Daí surgiram violas, bandolim, violão requinto, baixo requinto e vários outros, Timbres construídos e tocados pela mão do Levi, com participação de ótimos músicos e vozes, tantos que fica injusto citar só alguns. Mas o resultado está ali. Ouça!
Levi Ramiro tem uma profundidade de rio grande em sua música e sua poesia. Andarilho incansável, parece estar em muitos lugares ao mesmo tempo e, mesmo assim, eternamente pescando. Sua viola precisa conta com uma primorosa produção em todas as etapas: Diovani Bustamante, Ricardo Vignini, João Arruda, André Ferraz são o time responsável pela tarefa de captar fielmente a riqueza dos timbres dos instrumentos do artesão Levi.
*violeiro Zé Helder
 
Mais sobre o disco acesse a matéria completa do disco pelo jornalista Marcelino Lima
 https://barulhodeagua.com

927 – Violeiro Levi Ramiro lança “Purunga”, novo álbum solo e nono ...

 *Destaque para musica "folia - cores do cerrado"
Recomendo !!!!

FRANCIS ROSA - O JEITO DESSE MEU LUGAR - exclus. TB


“Cantar ao lado de um cara que tem tanta história e que embala a minha trajetória é algo indescritível”, enfatizou Francis, que possui em seu repertório clássicos da música regional brasileira e canções de sua autoria, que traduzem o seu amor e respeito pela Serra da Mantiqueira. Nascido e criado em Joanópolis (SP), cidade localizada em plena serra, o cantor tem como referência artistas como Almir Sater, Renato Teixeira e Zé Geraldo.
A possibilidade de fazer uma turnê ao lado de Zé Geraldo surgiu durante a gravação de seu último álbum, “O jeito desse meu Lugar”. “O Zé e eu temos um amigo em comum, que é o Hamilton Griecco (Micca), produtor de artistas como Almir Sater e do o próprio Zé Geraldo. E o Micca produziu o meu último disco, em parceria com o Paulo Garciia. Então, o Zé e eu estávamos gravando no mesmo estúdio, chamado Na Casa, em Bragança Paulista (SP), e acabamos nos conhecendo, o que para mim foi motivo de muito orgulho, pois sou fã do Zé. Na ocasião ele gostou da minha música “O jeito desse meu lugar” e a gente gravou essa canção, que também rendeu um clipe, e decidimos marcar algumas apresentações para divulgar esse trabalho”, contou Francis.
O álbum “O jeito desse meu lugar”, de Francis Rosa, foi lançado  com produção de Hamilton Griecco (Micca) e Paulo Garciia e participação de Zé Geraldo. “É um sonho, por ter uma produção de um cara conceituado que gravou discos de Almir Sater e Zé Geraldo, entre tantos outros. O álbum possui 12 músicas, sendo 11 de minha autoria e uma, intitulada “Tempo Negro”, do compositor Rui Ventura. Outro motivo que deixa o disco ainda mais especial é a participação do Zé”.

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
 TERRA BRASILIS

domingo, 14 de maio de 2017

JANIO ARAPIRANGA - LUZ DO POETA (EXCLUS. TB)

Natural da chapada de Diamantina Arapiranga (rio de contas) radicado em Vitoria da Conquista onde apresenta na rádio Clube "O som da terra".
Ex gerente do Banco Bradesco Janio é um poeta nato, violeiro e compositor assina quase todas faixas do disco.
Um cantador que traz o cheiro do mato em suas cantorias.
Recomendo !!!

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS

sábado, 13 de maio de 2017

ISAC DE SOUZA - BELOS LUARES

Alguns dias ouvindo rádio on line ouvi uma musica que me chamou atenção, pesquisei na rádio e tinha na descrição da musica Isac de Souza.
Bom, depois de árdua procura consegui o disco com uma belíssima capa de apresentação e moda de viola de primeira "uma concertoria".
Letras inteligentes e belos arranjos de viola, musica qualificada.
Tentei de todas as formas e recursos para ter uma ideia de quem é Isac de Souza e não consegui, peço  alguém que tem alguma informação do musico favor me passar ficarei muito grato.
Apesar de tudo um grande achado !

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS

TONINO ARCORVERDE - DEPOIS DA CHUVA (EXCLUS. TB)

Cantor e Compositor, Tonino Arcoverde nasceu em 19 de agosto de 1959, em Palmares /PE. Radicado em Arcoverde, sertão de Pernambuco, Por cantar as belezas e histórias da “terra do Cardeal” acabou recebendo como sobrenome artístico o nome deste lugar. Em suas canções o regionalismo é uma forte variante: o homem do campo. As belezas naturais do sertão e as velhas histórias de vilarejos da região. Começou sua carreira artística nos anos 80, apresentando-se em festivais, Participou diversas vezes do programa Som Brasil da rede globo, com apresentação de Lima Duarte e Rolando Boldrim.

Tonino Arcoverde lançou em 2012 "Depois da Chuva", que aborda as lendárias histórias do imortal João Batista de Siqueira, o Canção. Poeta e escritor do Sertão Pernambucano, Canção tem suas formas de escritas comparadas ao lirismo de Castro Alves; sua mensagem tem um universo repleto de formas singelas e intimistas. Tonino Arcoverde, ao musicar suas palavras, mergulhou num sentimento singular para compor este disco de homenagem de belas melodias, timbres, poemas e sonetos, disco este que conta com a produção musical de Publius e participação de Emerson Calado na percussão e bateria, Eduardo Buarque na viola, Júlio César na sanfona, Deco Trombone no trombone, e Hugo Linns e Juliano Holanda com harmonias variadas.

Excelente !!!!

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS

GESLANEY BRITO E IARA ASSESSÚ - DE TAMBORES E SEMENTES - (EXCLUS. TB)


Compositores e poetas.
Assim se define o trabalho desses dois artistas  da cidade de Vitoria da Conquista - BA que trazem variações da música brasileira; que vão desde as expressões mais laboratoriais, como as matriciais, como no caso de sambas de roda e canções que enfatizam elementos da região de onde confeccionam suas músicas.
A dupla faz apresentações em formato simples (duas vozes, violão e alfaia), bem como mais arrojada, com acompanhamento de vários instrumentistas.
Neste  segundo projeto "De tambores e semente", que reflete a pesquisa de anos sobre as variações rítmicas encontradas pelo interior da Bahia e do Brasil. Bem como reflete uma preocupação com a harmonia e com o texto das suas produções, para exatamente evidenciar um retrato musical de uma música baiana que normalmente não é difundida pelos meios de comunicação convencionais.

Recomendo !!!!
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS

ZECA PRETO - NAS ESQUINAS DA AMAZÔNIA

Nascido em Belém, José Maria de Souza Garcia vive há muitos anos em Roraima, tornando-se uma espécie de embaixador cultural e musical roraimense desde que obteve o segundo lugar com "Macuxana" no 1º Festival de Música de Roraima. 
Quatro anos depois, no 2º festival, novamente ficou em segundo lugar, com a música "Roraimeira". Nome que batizou chácaras, padaria, boates e tantas outras coisas - como lembra o artista "virou, por exemplo, o peixe fresco na feira, enfim o que era bom era Roraimeira". Em 1984, o nome batizou um show, na verdade praticamente uma mostra cultural roraimense, realizada no Teatro Amazonas (Manaus), reunindo várias linguagens, como Música, Dança,  Poesia e Artes Plásticas. Conta Zeca Preto: "Foi um sucesso e tivemos que repetir esse show aqui em Boa Vista, para que os roraimenses também pudesse assistir e se orgulhar de ver no palco a tradução da terra em que viviam." Posteriormente, o nome Roraimeira batizou o movimento de valorização da cultura do Estado, iniciado com aquele show em Manaus, e que foi tema de um documentário da série Doc.TV em 2009.
Zeca ainda viria a participar de outros festivais. Em 1990, tirou o último lugar no 6º Femur, com sua parceria com Neuber Uchôa "Macunaimando". Só que, como bem recorda Zeca, esta música "é hoje a música mais tocada na Terra de Macunaima, virou o hino informal de Roraima. Serve para colação de grau, para mostra em outros lugares, nas viagens etc".

 Zeca Preto possui 14 discos gravados e 2 livros editados. Fez centenas de shows em várias cidades brasileiras, e também na Venezuela e na Suíça. Recebeu o prêmio de gravação do Projeto Pixinguinha em 2009, com seus parceiros de Trio Roraimeira (Eliakin Rufino e Neuber Uchôa). Atualmente faz turnê pelos 15 municípios de Roraima para lançar o disco Nas Esquinas da Amazônia.

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS

MARCOS SATTLER - ANDARILHO (EXCLUS.TB)

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1985), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Alegre (1989) e mestrado em Produção Vegetal pelo Centro de Ciências Agrárias da Ufes (2006). Doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Atualmente é professor adjunto da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Alegre e Engº Agronomo da Escola Agrotécnica Federal de Alegre.
Natural de Alegre - ES Marcos sattler é também violeiro, compositor e interprete já apresentou ao lado de Xangai e lança o  disco "Andarilho" com 8 canções autorais, disco pra deitar na rede olhar as estrelas e depois sonhar, muito lindo !

 Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS


LEONARDO LORENA - SOL NA MADEIRA




Leonardo Lorena é goiano, graduado em música pela UFG e Direito, PUC/GO. Cantor e compositor integrou o Coral da Cidade, sob a regência de Joana Christina Azevedo, realizando inúmeras apresentações no estado de Goiás e no FLAAC - Festival Latino Americano de Arte e Cultura, em Brasília. Cantou na Camerata Santa Cecília da PUC/GO, onde atuou como solista na peça Morte e Vida Severina, com direção cênica do diretor Samuel Baldani.

Sol na Madeira Em 2009, Leonardo Lorena gravou seu primeiro cd “Sol na Madeira”, com produção e direção musical de um músico conhecido na cena goianiense, Ney Couteiro.

O trabalho conta com composições próprias e traz também parcerias e arranjos dos músicos talentosos Ney Couteiro e Diones Correntino. O repertório surpreende pela diversidade de duetos como na faixa ‘o tempo’ e ‘construção’, sambas e arranjos de mpb."Quando uma obra me instiga, retorno à ela como à um encontro. Sol na Madeira, de Leonardo Lorena, é uma obra que instiga e me emociona.

É belamente sóbria e simples, num cantar intimista, sem ser previsível. Tenho escutado o Sol na Madeira, me encontrando brasileiramente pé-rachado comedor de pequi".  As palavras de Estércio Marquez Cunha, compositor e professor, que fez parte do corpo docente da EMAC/UFG.
Sol na Madeira é o resultado de um trabalho extremamente planejado e dedicado do artista. Um trabalho autoral que tem como expressão o lirismo regional, revelando histórias de paisagens sonoras do cerrado goiano e do nordeste brasileiro. Tudo ao som de música popular brasileira, ciranda e sambas. Através da música, retrata a ligação das manifestações culturais do cerrado goiano dentro de uma visão atual.
O show trará toda diversidade cultural e lírica do artista e contará com convidados mais que especiais: Alessandro Branco (voz em Sambaião), Diones Correntino (piano em Barro jó e Márcia Jácomo (voz em Banho de Maré). O repertório próprio terá direção cênica de Samuel Baldani, uma produção caprichada e autenticidade no trabalho.

se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
 Download




quarta-feira, 3 de maio de 2017

NENHUM DE NÓS - ACUSTICO AO VIVO - (POST A PEDIDO)

Acústico ao Vivo é o primeiro álbum acústico da banda de rock brasileira Nenhum de Nós. Foi lançado em 1994. Vendeu mais de 100.000 cópias, garantindo o Disco de Ouro para a banda. Em 2012, foi relançado em CD. Foi um dos precursores do formato acústico para bandas de rock, que faria muito sucesso no Brasil nos anos seguintes.
Formado em Porto Alegre, em 1986 e influenciados por rock inglês e música folk. O álbum foi gravado ao vivo no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS 

SERGIO K. AUGUSTO E JAMES AZEVEDO - UMA ROSA NA SALA

O projeto Uma rosa na sala nasceu da amizade musical do produtor Sérgio K. Augusto (um dos maiores vencedor de festivais de musica do Brasil)  e do empresário James Azevedo que juntos compuseram inúmeras canções e resolveram através desse trabalho mostrar publicamente as obras e para isso convidaram amigos de diversas fases da vida de ambos para interpretá-las.  A idéia inicial era a criação de um CD físico nos moldes tradicionais, mas as inconstantes mudanças do mercado da música e a grande difusão da mídia eletrônica, em especial a internet, funcionando hoje como principal veículo de divulgação de música e vídeo digital, fez com que o projeto se encaminhasse para essa nova alternativa de exposição, muito mais abrangente e eficaz.
As gravações se deram entre os anos de 2005 e 2007 e originaram-se de Demos gravadas por Sérgio nesse período e melhoradas com a inserção de músicos ao vivo e novos intérpretes. O resultado é esse trabalho simples , mas bem cuidado eprincipalmente feito com muito carinho e agradecimento a todos que colaboraram.
Músicas

01-NESSE CAMINHO (Sérgio K. Augusto - James Azevedo) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL :  ZÉ ALEXANDRE

02-FOI UM TEMPO (Sérgio K. Augusto)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL :  JEAN GARFUNKEL

03-MEIO-FIO (James Azevedo)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL :  REYNALDO BESSA

04-DESCOBERTA (Sérgio K. Augusto)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : VANUSA

05-FOTOGRAFIA (James Azevedo)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : OSWALDINHO DO ACORDEON

06-NAS AGUAS DO CORAÇÃO (Sérgio K. Augusto - Juca Novaes) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : JUCA NOVAES & GRUPO TARUMÃ

07-UMA ROSA NA SALA (James Azevedo)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL :  ZÉBETO CORRÊA

08-DOCE MAGIA (Sérgio K. Augusto) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : DERICO SCIOTTI

09-BARULHO DO MAR (James Azevedo)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : CARLOS GOMES - IVÂNIA CATARINA

10-CADA SENTIDO (Sérgio K. Augusto - Tavinho Limma) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : TAVINHO LIMMA - MAESTRO AGENOR RIBEIRO - BILORA

11-SONETO DA FANTASIA (James Azevedo - Alencastro José Pacheco)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : CELSO VIÁFORA

12-A MÃO DO TEMPO (Sérgio K. Augusto - Edu Santhana) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : EDU SANTHANA - LULA BARBOSA

13-O SOL DAS CLAVES (Sérgio K. Augusto - Jairo -James Azevedo  ) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : PEDRO MORENO & ANDRÉIA

14-PEDRA (James Azevedo) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : MADAN

15-GRANDE FINAL (Sérgio K. Augusto - James Azevedo) 
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL : MARCIA TAUIL - VOZ
TELEU  - VIOLÃO 7 CORDAS

Músicos participantes:

Mingo Jacob  - percussão
Dudé  - percussão
Lokinho  - flauta
Pratinha  - flauta e bandolim
Douglas Alonso  - percussão
Fabinho  - contrabaixo
Henrique Cazes violão em Descoberta  

Todos os arranjos e violões são de Sérgio K. Augusto                          
Imagem da capa : ELIFAS ANDREATO

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
TERRA BRASILIS

BELCHIOR - TRÊS TONS DE BELCHIOR ( a pedido Pejota)

Nas celebrações dos 70 anos de Belchior (2016) a Universal Music reeditou na série Tons os álbuns de estúdio que o cantor e compositor gravou na casa. A comemoração é dupla: Alucinação (1976), seu álbum clássico, completa quatro décadas de lançamento e volta ao mercado com som remasterizado e o lendário encarte original. Apenas Um Rapaz Latino- Americano, Como Nossos Pais e Velha Roupa Colorida garantiram o lugar do artista na história da MPB. Melodrama (1987) e Elogio da Loucura (1988) são lançados no formato digital pela primeira vez. Em ambos, Belchior flerta com a sonoridade eletrônica da época permanecendo como cronista de uma geração.

Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
  TERRA BRASILIS

segunda-feira, 1 de maio de 2017

BELCHIOR - ETERNAMENTE

O TERRA BRASILIS  vem por esta postagem homenagear este grande musico e compositor brasileiro que com grande tristeza nos deixa antes do combinado.
Deixa uma obra maravilhosa, mas como ele sempre gostava de dizer:
-- Sou apenas um rapaz latino americano...


Nascido na cidade de Sobral, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente Belchior, teve uma infância simples, de menino do interior, como ele próprio gosta de descrever, porém, a Sobral da sua meninice era uma cidade repleta de sons, cores e poesia, que iluminariam seu imaginário por toda a sua trajetória. Alguns deles, dentro da sua própria família, como de seu pai, que tocava sax e flauta, e de sua mãe que, cantava no coro da igreja local.
Belchior conta que havia na cidade uma rádio que se espalhava por todos os cantos, através das então conhecidas radiadoras (alto-falantes cônicos que lembram um megafone e eram usados para propagar o som pela cidade). Além disso, Bel, como gosto de me referir ao poeta, adorava admirar as pinturas das igrejas (Sobral tem muitas) e correr atrás das bandas de música, tradicionais grupos musicais do Nordeste, compostos por sopros e percussão, que ainda resistem ao tempo nas cidades do interior.
Mudando-se para Fortaleza a fim de continuar seus estudos, o artista acabou por ingressar no Liceu do Ceará, de onde sairia para um Mosteiro, em Guaramiranga – CE, e de lá para a faculdade de Medicina, em Fortaleza. Somente por essa época, Belchior teria contato com o movimento artístico que efervescia na cidade e de onde sairiam nomes como Fausto Nilo, Fagner, Ednardo, Rodger, Cirino e outros tantos. E foi ali, com aquele grupo de novos amigos, que ele viu pela primeira vez a possibilidade de compartilhar sua arte com outros colegas.
Em meio à criativa boemia fortalezense do início dos anos 70, o jovem cantor resolveu largar a faculdade de Medicina e encarar a “vida de artista”, mudando-se para o Rio de Janeiro em 1971. Quando venceu o supracitado Festival Universitário, teve compactos lançados em 1971 e 1973, e em 1972, sua canção “Mucuripe”, em parceria com Fagner, foi lançada por Elis num compacto. Seu primeiro Long Play, Mote e Glosa, no entanto, só seria lançado em 1974.
Apesar das conquistas, o nome de Belchior só ganharia grande notoriedade com o lançamento de Falso Brilhante, em 1976, disco antológico de Elis Regina em que ela interpretava, de forma visceral, “Velha Roupa Colorida” e “Como Nossos Pais”. Esse foi o LP mais importante da carreira de Elis, um registro em estúdio de parte do repertório do seu espetáculo musical de maior repercussão.


Com o sucesso das composições de Belchior na voz de Elis Regina, a Polygran lançaria, em agosto de 1976, o disco que viria a ser um dos mais importantes de todos os tempos para a música brasileira, e após 39 anos, Alucinação, de Belchior, ainda ecoa várias canções por rádios, TVs, shows e regravações em todas as partes do Brasil. Canções como “A Palo Seco”, “Apenas Um Rapaz Latino Americano”, “Como Nossos Pais”, “Fotografia 3x4”, “Alucinação” e todo o restante do disco, se tornariam verdadeiros hinos, entoados nos shows de Belchior por toda sua carreira.
Sem sombra de dúvidas, Belchior é um dos maiores compositores de todos os tempos da nossa música popular, as sutilezas poéticas de sua obra são encantadoras, emocionam e gozam de uma liberdade que, por vezes, podem ser comparadas às genialidades de Fernando Pessoa e Bob Dylan. Se Bel queria mesmo que seus versos, feito faca, cortassem a nossa carne, ele conseguiu. Porque a juventude do nosso coração é perversa e nos faz sofrer, perceber que “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. Nesse mundo, é difícil não querer o a cabeça pensa, querer o que a alma deseja, e enxergar que “a vida inteira está naquela estrada, ali em frente”.
Resta-nos saber quais versos Belchior ainda guarda para nós “sob as dobras do blusão”. Que discos tem ouvido? Com que pessoas tem conversado?
Ele é “apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior”, mas soube compreender e cantar, como poucos, a nossa solidão, o nosso som, a nossa fúria e a nossa “pressa de viver”.
Viva, Belchior!

Fonte: Brasil 247
 
 
 
Estou postando os discos que eu mais gosto, se alguém ter interesse na discografia tenho todos.

ALUCINAÇÃO 1976
Download
TERRA BRASILIS

TRILHAS SONORAS- 1990 AO VIVO
Download
TERRA BRASILIS

ACÚSTICO - 1991
 Download
TERRA BRASILIS


UM CONCERTO BÁRBARO - ACÚSTICO - 1995
Download
TERRA BRASILIS


UM CONCERTO A PALO SECO / COM GILVAN DE OLIVEIRA  - 1999
Download
TERRA BRASILIS

ETERNAMENTE BELCHIOR (COLETÂNEA TERRA BRASILIS/ CAPA DA INTERNET)
Download
TERRA BRASILIS