terça-feira, 29 de março de 2016

DORIVÃ - PASSARIM DO JALAPÃO




É ESSE BRASIL QUE O BRASIL NÃO CONHECE !!!!!

Parte importante do caldeirão sonoro que é o Brasil, o Tocantins se desponta apesar de sua pouca idade, em termos de qualidade musical. Possui produção rica em quesitos como ritmo e temática que traduzem, com fidelidade, uma região que tão bem soube incorporar os elementos formadores da personalidade e da tradução do seu povo.
Em meio aos grandes nomes que compõem o caleidoscópio poético-musical  tocantinense está DORIVÃ, expressão que hoje ocupa um lugar certo na galeria de nossos mais legítimos representantes artísticos.
Dono de uma voz privilegiada, Dorivã encanta também pela simpatia de atingir as pessoas através de uma simplicidade que prende e cativa. Como os grandes artistas, ele é um compositor que consegue traduzir situações cotidianas de forma simples, porém, carregadas de muita poesia.
Vejo na obra poético-musical de Dorivã algo valioso e que representa o Tocantins de modo positivo. Fã de carteirinha do seu trabalho artístico, integro o time daqueles que torcem e acreditam na carreira desse tocantinense de Cristalândia, que o Brasil também precisa conhecer. Ele precisa ser ouvido por outras platéias, que certamente o aplaudirão com o mesmo entusiasmo que nós aqui o curtimos. Felizes de nós que o temos. Voa, cantador Dorivã. O céu das possibilidades é todo seu.
José Sebastião Pinheiro - jornalista, poeta e compositor.

domingo, 27 de março de 2016

ZABUMBEIROS CARIRI


No terreiro sonoro das romarias, na alegria, no olhar, na simplicidade e na fé do “ser tão cariri”, cheio de esperança e coragem os Zabumbeiros Cariris trazem efervescência e inquietude, e ao mesmo tempo calmaria depois de uma tarde chuvosa no Vale.
O Cariri tem na cultura sua maior fortaleza, fonte de indiscutíveis riquezas e que constituem um grande patrimônio tanto para o estado do Ceará quanto para o Nordeste. Terra de grandes mestres da cultura popular, a região apresenta uma musicalidade bastante marcada por elementos de tradição oral, que influenciam cada vez mais novas gerações de músicos e artistas, que buscam no universo da tradição nordestina a matéria-prima para seus trabalhos artísticos.

É nesse contexto que surgem os Zabumbeiros Cariris. Formado desde outubro de 2002, na cidade de Juazeiro do Norte, e unindo músicos de gerações e influências diferentes, o Grupo desenvolveu seu trabalho musical mergulhado neste vasto imaginário nordestino, ainda preservado nos inúmeros folguedos da cultura popular presentes na região.

Com um repertório autoral, formado por temas instrumentais e canções cujas letras nos remetem a fatos históricos do Cariri, como, por exemplo, a saga do Caldeirão do Beato Zé Lourenço, os Zabumbeiros Cariris apresentam uma música simples e vigorosa, baseada na sonoridade de instrumentos típicos da região, como o zabumba, o pífano e a rabeca.

Forró pé-de-serra, cabaçais, cocos, maracatus, cirandas e outros ritmos da música nordestina fazem parte da musicalidade do Grupo, que já participou de diversos eventos importantes no estado.
E assim, os Zabumbeiros Cariris vão trilhando seu caminho, cada vez mais consciente da importância da música que fazem, música nordestina, música mestiça, música brasileira.


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sábado, 26 de março de 2016

LULA BARBOSA - RUAS E LUAS

Disco lançado em 2003 onde Lula mescla canções de sua autoria e clássicos da MPB.
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quinta-feira, 24 de março de 2016

TRIÊRO - VOZ DE TODAS AS LINGUAS - 2006


Eles vem de Riberão Cascalheira  - MT e conquistando onde passa !!!!!
Há muito a magia do som dos pífanos, encanta os músicos Pedro Verano, César Henrique e Diogo Machado. Desde 2002 eles se dedicam à construção destes instrumentos (em diversas variedades) e ao estudo do seu toque. Ao mesmo tempo desenvolvem outros instrumentos musicais de bambu, como chocalhos, tambores, pau-de-chuva, saxofone, dentre outros. Da convivência com o músico Anthony Brito e das brincadeiras musicais livres cada vez mais freqüentes, em 2004 nasce o Grupo Triêro. Motivada pelo encanto das melodias e ritmos que brotam em cada canto do Brasil, a trupe se lançou na estrada, fazendo shows e oficinas, participando de festivais populares e folclóricos, visitando e conhecendo novos sons. A bordo de uma Kombi, já percorreram mais de 200 mil quilômetros levando musica e arte para todos sertões desse Brasil a fora..
 O Grupo Triêro toca o melhor do forró, cirandas, maracatu e folias.
Eles que fizeram a kombi-nação, uma kombi tour e pegaram a estrada. Partindo de Goiânia e rompendo Brasil adentro, levando e trazendo a canção a outras paisagens. O resultado são três Cd´s: Voz de todas as línguas (2006); Ópera de uma vida seca (2008) e Trem que cansa é andar na linha (2009) Vagamundo, retirantes, viajantes, eles trilharam os estados de Mato Grosso, Bahia, Tocantins, Piauí, Amazonas, Amapá e Rio de Janeiro.

Excelentes !!!!!!!!!!!!
Missionários da arte e cultura.
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quarta-feira, 23 de março de 2016

AMAURI FALABELLA - PARCERIAS - (EXCL. TERRA BRASILIS)




Um dos discos mais lindos lançado em 2015, onde Amauri mescla simplicidade, belos arranjos e uma turma que se une a importantes nomes do cenário da música independente do Brasil entre eles Consuelo de Paula, Déa Trancoso, Sonya Prazeres, Chico Branco, Ricardo Dutra, Zé Helder, Katya Teixeira,Socorro Lira e Kaique Falabella e outros.
Já postei  dois belíssimos discos anteriores a parceria aqui no blog e agora desfrute dessa obra prima com cheiro de café novo na beira do fogão de lenha e canto de galo cantando cedo no terreiro.

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domingo, 20 de março de 2016

GERSON WERLANG - MEMORIAS DO TEMPO (EXCL. TERRA BRASILIS)

Gérson Werlang é violonista, guitarrista, compositor, poeta e escritor. Seu primeiro disco solo, Memórias Do Tempo (2008), contém suas principais influências nas dez composições contidas no disco; violão clássico, rock progressivo, jazz, mpb, música erudita e experimentalismo. Possui quatros discos com a banda Poços & Nuvens, onde é vocalista e guitarrista.
Tem um livro de poemas, Outros Outonos (1997) e vários ensaios e crônicas publicados.  Gérson é  Bacharel em Música pela Universidade Federal de Santa Maria e Master of Music – Guitar Performance pela University of Miami.
Professor de Violão Clássico e História da Música na Universidade de Passo Fundo – RS, foi o criador do Bacharelado em Violão na Universidade de Passo Fundo (1998) e também pioneiro na introdução das disciplinas de História do Jazz e História do Rock (sob o nome de História da Música Popular Contemporânea) nessa universidade.
Memórias do tempo é um belíssimo álbum, muito elaborado com arranjos e programações e a linda voz de Eliane sommer completa esse trabalho que em 2008 foi considerado como um dos melhores discos de rock progressivo lançado no mundo.

Faixas:
1. Invocação – 3’44
2. Memórias Do Tempo – 10’53
3. Colheita De Inverno – 2’46
4. Vozes Outonais – 3’05
5. Rosa Mística – 12’30
6. Março – 1’28
7. Ao Pouco Que Resta – 4’03
8. Saudades Da Serra – 6’00
9. Do Exílio Voluntário – 1’57
10. Epitáfio – 1’43

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quarta-feira, 16 de março de 2016

POÇOS E NUVENS - ANO VELOZ OUTONO ADENTRO - 1998


Lentas são as vozes
Que saem como sonhos
Das gargantas imortais
Dos vinhedos ao vento
Das luzes outonais

Lentos são os gestos que pairam
Quando pássaros possessos
Lavram nuvens
Sementes e pólen

Lentos são os passos do tempo
E enquanto lembro laços
Abraços feitos quais traços
De luzes límpidas no espaço
Peço que os gestos, as vozes
E os passos
Levem sempre para os teus braços
Um pouco da ternura que faço
Ao sentir nas rodas do universo
Um maço maduro
Dos teus cabelos em cacho
(três contos de outono)

A banda Poços & Nuvens surgiu em 1986, na cidade de Santa Maria/RS, com o propósito de tocar um trabalho autoral, baseado na mescla de rock, mpb , jazz, rock progressivo sinfônico, música erudita e música folclórica. Desde então, vem trabalhando nesta direção.
Nos anos 80, depois de seu primeiro show autoral, “Viagem Experimental “( 1986) , ocorrido no então concorrido e recém inaugurado Centro de Atividades Múltiplas (Bombril) , o grupo fez suas primeiras gravações, das quais uma música,” Elegia”, tocou extensivamente nas rádios da região, notadamente a Atlântida FM, da RBS. A mesma música se transformou em um vídeo exibido pela RBStv ,na região, no ano de 1987.
Em 1987 e 1988, além de novas gravações, o grupo participou de diversos shows coletivos em festivais e montou um novo show individual, “Caminhos de 2001”, que ocorreu no clube A.T.C.
Em 1989, depois do acidente ocorrido com seu baterista, o grupo para por algum tempo. É um período em que se dedicam aos estudos, a maior parte indo estudar música na UFSM. Depois de um breve retorno em 1992, a banda volta a se reunir em 1994, decidido a gravar as composições que se acumulavam.
O resultado disso está num disco coletivo intitulado Músicos, de 1997, com cinco composições da banda, e o posterior Ano Veloz Outono Adentro, de 1998. O cd, produzido de forma independente pelo grupo, é descoberto por produtores do Rio de Janeiro e São Paulo e a banda é chamada a participar de diversos festivais. Na Europa, a gravadora francesa Musea distribui o disco, que recebe críticas favoráveis, sendo considerado entre os melhores disco de estréia do ano por revistas e sites especializados.
O grupo firma um contrato com a gravadora Rock Symphony para o Brasil e com a Musea para a Europa, Rússia e Japão, e grava o segundo cd, Província Universo, de 2002. Nesse período, além de shows individuais, toca em diversos festivais que culminam com o convite para tocar no México (2004), onde se apresenta em dois festivais na Cidade do México, além das cidades de Tlaxcala e Mexicali, na Baja Califórnia.
Em 2006, depois de um período intenso que vinha desde 1996, e aguardando o lançamento de trabalhos anteriores, o grupo diminui o ritmo de atividades, mas mantém seus projetos de festivais, como o Manifesto Progressivo de Rock, realizado nos anos de 2002, 2003, 2004, 2007 e 2010, alguns membros deixam o grupo e parte do material que estava sendo composto é colocado em outros projetos. Também, a partir de 2007, se dedica a participar de trabalhos solo de membros do grupo.
Em 2011 o grupo retoma as atividades de composição e começa a registrar o que será seu novo disco, ainda sem nome enquanto os trabalhos gravados anteriormente (shows, músicas produzidas ocasionalmente que não entraram em nenhum projeto) passam a ser lançadas. Entre esses projetos em suspenso está o CD e DVD Clouds On The Road que foi lançado em 2012.
Magnifico disco, Em Ano Veloz Outono Adentro (acima), as músicas se desenrolam no âmbito de um ano, começando num outono, passando por todas as estações e finalizando no outro outono.

As letras em português refletem, entre outros temas, a busca de uma relação mais próxima do homem com a natureza, a passagem do tempo e as estações bem como a procura de um mundo melhor. A banda recebeu influências de O Som Nosso de Cada Dia, O Terço, A Barca do Sol, Rush e Jethro Tull e enorme influencia da banda paulista violeta de outono.

Recomendadíssimo !!!!!!!!!!!!!!
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segunda-feira, 14 de março de 2016

CAPIM AÇÚ - FERNANDO DE NORONHA

A BANDA CAPIM AÇÚ DE FERNANDO DE NORONHA FOI FORMADA EM 2010 E DESDE ENTÃO A PROPOSTA DE SEMEAR O REGGAE RAÍZ VEM CRESCENDO A CADA SHOW. SEUS INTEGRANTES DAYA WORDS (VOZ), WILKER BRASILEIRO (BAIXO), ALAN ANDRADE (BATERIA), ADRIANO SILVA (PERCUSSÃO), E ANDRÉ CARNEIRO (GUITARRA), COMPÕEM ESTA BANDA QUE APESAR DE POUCO TEMPO JUNTOS, TÊM BAGAGEM NO REGGAE HÁ MAIS DE 10 ANOS. A BANDA TAMBÉM COM UMA BANDA DE APOIO QUANDO SAI DA ILHA, GALERA DE PESO NO CENÁRIO REGGAE COMO O TECLADISTA LEONAN ALVES E A DUPLA FERA DOS SOPROS HENRIQUE E ALAN AMESON NO SAX E TROMPETE RESPECTIVAMENTE. LANÇANDO SEU PRIMEIRO CD EM 2012, CAPIM AÇÚ CONTOU COM A EXPERIÊNCIA DO MÚSICO E PRODUTOR PEDRO PEDRADA – BONGO HOUSE – PEDRADAS RECORDS, QUE AINDA CONECTOU A BANDA NAS PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS COM TIAGO CAETANO (TECLADO), DANIEL PROFETA (VOZ) E MARCELO BONGO (PERCUSSÃO), FORTES NOMES NO CENÁRIO REGGAE DO RIO DE JANEIRO. MÚSICOS COMO O SANFONEIRO FELIPE FRANÇA E CLEYTON LEITE NO SAX, CONCLUEM UM TRABALHO QUE REVELA UMA BANDA SINGULAR, COM PROPOSTA INOVADORA NO GÊNERO.

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quinta-feira, 10 de março de 2016

NANÁ VASCONCELOS - MINHA LÔA


Sentido, deixo  minha homenagem a este ilustre  brasileiro, pernambucano da gota, um gênio, o maior de todos percussionista do mundo !!!!!!!!!!!!!!
O coração do grande percussionista Naná Vasconcelos, de 71 anos, bateu pela última vez nesta quarta-feira, dia 9 de março. Filho de um violonista do Recife, Naná teve na infância influências musicais que iam de Villa-Lobos a Jimi Hendrix. Especializou-se em instrumentos de percussão brasileiros, particularmente o berimbau. A primeira universidade a que teve acesso foi a Universidade do Samba de Sítio Novo, imaginária entidade nascida das lucubrações do professor Jomard Muniz de Britto nos idos de 1966, onde Naná se graduou no instrumento que o fez ganhar o mundo. Juvenal de Holanda Vasconcelos (nome de batismo) nasceu no Recife mas ficou conhecido em outros países - morou 27 anos nos Estados Unidos e outros cinco em Paris, onde trabalhou e gravou discos.

Depois de tocar por algum tempo em cabarés e bandas da capital pernambucana, ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Luiz Eça, Wilson das Neves, Gilberto Gil, e passou a acompanhar Milton Nascimento e o Som Imaginário. Em 1970 foi convidado para integrar a turnê do saxofonista argentino Gato Barbieri pelos Estados Unidos e Europa.
Foi nessa época que Naná radicou-se em Paris, onde gravou seu primeiro disco, “Áfricadeus”. Em 1973 gravou no Brasil “Amazonas”, que se tornou um marco na combinação de percussão e voz na MPB. De volta ao País, trabalhou com Egberto Gismonti por oito anos, tendo gravado juntos três álbuns, entre eles o aclamado “Dança das Cabeças”.

Na década de 70, o pernambucano tocou com grandes nomes da música internacional como Pat Metheny, B.B. King e Paul Simon, nos anos 80 com vários monstros sagrados da musica internacional. Foi eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat e ganhador de oito prêmios Grammy.
O percussionista, muitas vezes desconhecido dos brasileiros, é admirado por artistas nacionais como Maria Bethânia que, um dia, em entrevista, o usou como exemplo do mais completo significado de cultura popular brasileira: aquele que não é estático, que renova a tradição. O pernambucano foi um dos autores da trilha sonora da animação O Menino e o Mundo, do diretor paulista Alê Abreu, o único filme brasileiro que concorreu ao Oscar em 2016.
Em setembro de 2015, descobriu um câncer no pulmão – na mesma semana, recebeu a informação de que seria Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Foi com seu berimbau que o músico esteve em dezembro de 2015 na UFRPE para receber o título de doutor.
"Ser homenageado vivo já é uma vitória. Na minha terra, são duas. O que mais posso querer?". Questionado como explicar às novas gerações que porventura não conhecessem seu trabalho sua importância para a música brasileira, limitou-se a dizer três nomes com quem já trabalhou: "Talking Heads, Peter Gabriel e Brian Eno", este último produtor de discos como "The Joshua Tree" e "Achtung Baby" do U2.

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terça-feira, 8 de março de 2016

ZE ALEXANDRE - ARRUAR - 2012

José Alexandre Gomes Coelho da Rocha e Silva nasceu a 14 de agosto de 1957, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. Caçula de uma família de quatro filhas, seu pai, o oficial do Exército Waldemar Coelho da Rocha e Silva, era calculista de concreto armado e a mãe, Conceição Gomes Coelho da Rocha e Silva, é dona de casa. A mãe chegou a cantar no rádio, no então famoso programa de calouros de Ari Barroso. Com um ano de idade, Zé Alexandre se mudou com a família, para Brasília, onde passou toda a infância e adolescência, brincado e jogando bola, subindo em árvores e fazendo esportes, como a maioria das crianças.
Por volta dos 7, 8 anos, ouviu pela primeira vez a voz de Rita Pavone, o que fez nascer seu encanto pelo canto. As irmãs, aficionadas por discos de trilhas de filmes, tornaram mais íntima a música na vida do irmão menor, que se deliciava ouvindo canções dos mais variados estilos. Mais ou menos aos nove anos, ganhou o primeiro violão, dos pais. Arranhava alguns acordes, e passou a ter o instrumento como uma de suas maiores distrações.
Em 1974, no curso do 2º Grau, conheceu Paulo André Prista Tavares, amigo violonista, de família de músicos eruditos. Começou, então, a ampliar seu conhecimento musical. Com Paulo André, debaixo do bloco (local de encontro de amigos, em Brasília), dedilhava o violão, se acompanhando em músicas de Cat Stevens, Milton Nascimento, Chico Buarque... Ainda neste ano viu pela televisão, num festival de música da cidade, um rapaz cantando com uma moça e, fascinado com a canção, se surpreendeu pensando, pela primeira vez: "Nossa, eu gostaria de estar ali, como esse cara!" Comentando com Paulo André, sobre a canção que ouvira defendida pelo casal desconhecido, se surpreendeu mais uma vez ao ouvir do amigo que a moça era sua irmã e o rapaz namorado dela. Seus nomes: Ciça e Oswaldo Montenegro. Apresentações feitas, Zé tornou-se grande amigo daquele que viria a ter influência decisiva em sua vida. Começou a tocar percussão e a fazer vocais nos muitos shows que Oswaldo fazia, na época, na capital. Começaram a viajar para o Rio, para apresentações, quando Oswaldo recebia convites para tal, e a paixão de Zé pela música foi crescendo. No entanto, criado para fazer uma faculdade como Engenharia, Medicina ou algo semelhante, jamais ousou sonhar em ter aquele "passatempo" como profissão. Daí que, em 1976, separa-se dos amigos brasilienses para vir para o Rio, onde fez o cursinho pré-vestibular. Em 1977, começou a freqüentar a Faculdade de Engenharia, no Fundão. Neste mesmo ano, recebe um telefonema de Oswaldo, dizendo precisar urgentemente que ele fizesse uma substituição no coro do elenco da peça João sem Nome, que apresentava na época na Aliança Francesa da Tijuca. Zé relutou muito, por causa da Faculdade, mais diante da necessidade urgente do amigo, aceitou. A peça foi um grande sucesso e Zé recomeçou a participar dos ensaios, shows e espetáculos de Oswaldo, que já morava, então, no Rio e não parava de convidar o amigo.
A Universidade o desencantava cada vez mais, enquanto a paixão pelo palco, pela música, aumentava. Em 1980, Oswaldo, já em seu 2º Lp pela WEA, o convidou para integrar a banda com a qual faria sua primeira excursão nacional, que aconteceu exatamente depois dos festivais de Bandolins e Agonia. Não podendo resistir a essa tentação, Zé tomou coragem e largou a Faculdade, aceitando o convite. Neste mesmo ano, Oswaldo convenceu ou dirigentes WEA a gravarem um compacto e um LP solo de Zé. Começou, nesta mesma época, a compor músicas próprias. Sua primeira parceria com Oswaldo é a bela "Pousa", canção gravada em seu primeiro LP.
Ainda em 1980, casou-se com a antiga namorada brasiliense, Cristina. Em 1981, viajou com Cristina para Brasília onde encontrou Oswaldo, que fazia a montagem do espetáculo Veja Você Brasília. Neste período vem a novidade: estavam grávidos! Seu primeiro filho, Amure, nasceu em setembro de 1982, já no Rio.
A paixão pela arte agora alcançava as montagens teatrais. Ainda em 1982, foram para Belo Horizonte, onde montaram Cristal. Voltaram para Brasília, onde montaram A Dança dos Signos, que estreou naquela cidade, indo depois para o Rio, onde tinha temporada marcada de um mês. Mas, devido ao estrondoso sucesso, o musical permaneceu por mais de dez anos na cidade. A vida de Zé mudara completamente. Diversas montagens com Oswaldo, como Os Menestréis, Léo e Bia, foram se sucedendo. Passou, então, a criar um repertório próprio e, em 1984, começou a tocar em bares da cidade. Seu público crescia assustadoramente. Quando se anunciava seu nome num bar, era casa cheia, com certeza.
No início de 1986 separa-se de Cristina, e no final do mesmo ano casa-se com sua atual esposa, Morgana. Em 1994 nasce Hurá, seu segundo filho. Os shows em bar continuam cada vez mais intensamente, fazendo com que passe a se dedicar com mais afinco à carreira solo. Em função desta e a do próprio Oswaldo, afasta-se profissionalmente do amigo. Passa a compor cada vez mais. Em 1999 lança o cd "Zé Alexandre ao vivo" e em 2006 o cd "Olhar Diferente". Participa de diversos festivais por todo o país, onde já tem nome certo e prestigiado.
Hoje, morando em Minas com a esposa e o segundo filho, continua lotando os bares onde toca e vencendo a grande maioria dos festivais dos quais participa.


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CANTO SAGRADO
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segunda-feira, 7 de março de 2016

MARCUS BIANCARDINI - VIOLA DE GRAVATA I E II


Marcus Biancardini nasceu no dia 25/10/1978 em Goiânia, filho do professor e físico Maurício Biancardini e da fonoaudióloga Elizabeth Reis Esselin. Seus primeiros contatos com a viola surgiram nas fazendas da família no interior de Goiás, onde seu pai levava violeiros para tocar em festas familiares. Nesta época, Biancardini tinha pouco mais de sete anos de idade. A partir dali, a sua alma de violeiro começava a seaflorar e, pouco mais tarde, por volta dos seus 15 anos, manifestou o desejo de aprender aquele instrumento que escutara durante toda a sua infância. Foi aí que ganhou sua primeira viola. Começava, então, seus estudos incansáveis das obras dos grandes violeiros da época, Renato Andrade, Tião Carreiro, Nestor, Moreno, Julião, Vanuque, Velosinho,Bambico, entre outros. Com o passar do tempo, foi mergulhando também em busca de conhecimentos em outros universos musicais, como dos grandes violonistas Andrés Segovia,Sabicas,Paco de Lucia, do citarrista indiano Ravi Shankar e dos grandes harpistas Luis Bordon e Nicanor Zabaleta entre outros. Obstinado e perfeccionista, passava dias e noites ouvindo estes trabalhos até adquirir uma técnica de bem executar e interpretar as melodias em sua viola. Mais tarde, formou-se em Administração de Empresas, mas a faculdade não o atraia, e ao se formar, disse aos pais: tomem o diploma, e devolvam minha viola! Firma sua individualidade, mergulha no mundo da música e surge o compositor. Era como um peixe no seu verdadeiro habitat. Uma verdadeira história de amor e dedicação entre viola e violeiro!
Renato Andrade (o mestre de todos) diz:
"Enfim achei um violeiro para me substituir".

Viola De Gravata

É um espetáculo que mostra o maravilhoso potencial da viola e sua fantástica versatilidade, apresentando estilos musicais diversificados, executados por um dos maiores violeiros da atualidade.
De uma beleza inigualável, surpreendente e emocionante, “Viola de Gravata” é o show das emoções.
Nas mãos de Marcus Biancardini, a viola mágica passeia pelo mundo, revivendo melodias inesquecíveis, manifestações universais da arte de povos e países conhecidos, admirados. Marcus Biancardini demonstra que, na viola, há uma “grande orquestra”, extraindo dela os sons da Harpa de Concerto, da Harpa Paraguaia,da Guitarra Portuguesa, do Cravo, da Balalaica, do Bandolim, da Calimba, da caixinha de música e até do canto da seriema.
Trilhando os sons eternos dos interiores do Brasil, Marcus revive, com emoção e sentimento, obras da grande mestra Chiquinha Gonzaga, os Clássicos Sertanejos: Luar do Sertão, Casinha Pequenina, Tristeza do Jeca, Menino da Porteira, Chalana, entre outros. Do mundo da Música Popular Brasileira, Biancardini arranca sons inesperados, surpreendentes, da arte de Chico Buarque, Roberto Carlos, Raul Seixas, Tom Jobim, Vinícius de Morais e de tantos outros. E sai pelo Planeta Musical, reencontrando e revivendo, com um toque que lembra estrada de terra, casinha de sapé, fogão de lenha e bolo de milho e, mostrando-se eclético, navega em outros universos, interpretando Julio Iglesias, Elvis Presley, Beatles, Michael Jackson, Beethoven,Mozart,Bach... Nesta viagem de sonhos e lembranças, Biancardini mergulha também, na sua parte autoral, com melodias, técnicas e interpretações refinadas.
Sem distinção de cultura ou faixa etária, todos se unem e o aplaudem. É um prazer ouvir Marcus Biancardini!

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quarta-feira, 2 de março de 2016

MILTON DORNELLAS - O GARGALHAR DA INVERNADA




Milton Dornellas é um carioca que chegou em João Pessoa em 1973, aos 14 anos, e se tornou uma das figuras mais importantes da cultura paraibana - tanto que em 2009 recebeu o título de cidadão pessoense. A partir da década de 80, Milton começou a se integrar ao cenário musical da cidade. Juntou-se a Pedro OsmarPaulo RóAdeíldo VieiraTotonho e outros músicos da época e fundou o Musiclube da Paraíba, um grupo que impulsionou imensamente a produção musical paraibana. Colaborou com grupos como Jaguaribe Carne, fundou o grupo Etnia e, junto a Xisto Medeiros e Marcos Fonseca, fez parte do projeto Assaltarte, que levou a música paraibana para os bairros mais remotos da capital em apresentações relâmpago.
Este disco é inspirado na obra ‘Grande Sertão: Veredas’, do escritor mineiro, Guimarães Rosa e chega transbordando poesia. Se na linguagem, Guimarães é um mestre incontestável, na música, Milton persegue esta maestria. No novo trabalho, o compositor mostra a sua experiência de leitor voraz desta literatura e transpõe para a canção popular, transformando Guimarães em “rosas musicais”. Ele faz o que Gilberto Gil fez em 1985, com o disco Dia Dorim Noite Neon. O resultado é um trabalho impressionante em que Milton Dornellas encontra a exata medida entre o suave e o provocante. Destaque para as canções “Do descarrilho”, que em poesia retoma a essência da angústia da personagem Riobaldo,  para quem “viver é ter que abrir mão”. A canção “Escambo” é um tesouro em parceria com Mani Carneiro. Ritmo e melodia perfeitamente encaixados para uma canção de beleza triste. Um cântico ao desencontro. E por aí segue com outras surpresas e bons momentos como as canções geminadas “Meia sola” e “Passar” (com Ronaldo Monte). Para fechar o disco, temos as canções “Sinais” (com Paulo Ro) e “Ranger de redes”, que deixam o sabor dos descaminhos e veredas abertas por Rosa.
No geral os ritmos são misturas sem rótulos, passeando pelos estilos variados dos experimentos musicais de compositores como Milton Nascimento, Arnaldo Antunes, Denise Emmer, Pedro Osmar, sem dispensar as influências indígenas e regionais. Cada uma delas aparece repartida, fragmentada ou transfigurada. Como falei antes, o disco dispensa rótulos e é extenso em dimensão, como o próprio sertão.
“O sertão é o mundo”, assim como é do mundo a música de Milton Dornellas. E ele fica maior e mais belo para caber a grandeza das canções deste novo CD. O belo que dói, o belo que chora, enquanto soa ‘O gargalhar da invernada’ de Milton Dornellas.          
 
Nara Limeira

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