domingo, 22 de dezembro de 2019

VERLUCIA NOGUEIRA E TIAGO FUSCO - ESTRADAR

A cantora cearense (de Juazeiro do Norte) Verlucia Nogueira e o pianista paulista Tiago Fusco, se uniram pra gravar esse tributo ao compositor baiano Elomar Figueira de Mello, com direção musical de João Omar (filho de Elomar). No repertório, algumas das mais conhecidas composições do mestre: "Curvas do Rio", "Na quadrada das águas perdidas" e "O pidido"
Fica difícil explicar a música do compositor baiano Elomar Figueira Mello desgarrada de seu contexto geográfico. Nascido na semiárida Vitória da Conquista, em 1954 ele muda-se para a capital Salvador para estudar e compõe algumas canções. Cinco anos mais tarde, ingressa no curso de arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), conclui o curso em 1964 e retorna à Vitória; vive da arquitetura, e paralelamente mantém uma carreira como artista. Este preâmbulo, com poucas linhas de sua biografia, ajuda a destrinchar o início de sua trajetória que se embaralhou por inúmeras vertentes, mas permaneceu fielmente plantada na paisagem do sertão. Trata-se de um  compositor cuja formação cultural e musical advém de seus vínculos com múltiplas experiências e tradições musicais, tanto regional e rural, que o colocam numa encruzilhada de onde partem e convergem inúmeros caminhos e alternativas.
Segundo Gilson Rodrigues Bomfim, pesquisador da Fundação Casa dos Carneiros e amigo de Elomar “nós denominamos sertão toda região que está distante do litoral” e dentro daquilo que se convenciona a chamar assim, ainda podemos ramificá-lo entre sertões: político, geográfico e existencial. Falar de Elomar é falar sobretudo desse último, o sertão existencial, cuja obra de sua autoria o faz transcender os limites territoriais e atravessar o tempo. 
É com essa aura que nasce Estradar, novo álbum lançado pelo Selo, solidificando a parceria entre a cantora Verlucia Nogueira e o pianista Tiago Fusco. Juntos desde 2012, quando se conheceram em um curso de música, em São Paulo, Verlucia e Tiago logo transformaram a afinidade pelas melodias em realização profissional. Entre ensaios e experiências, a dupla interpretou brasilidades distintas até decidirem pelas cantigas populares do cantor e compositor baiano.
A fim de ecoar as estradas e belezas de um sertão profundo, eles tiveram a direção artística do filho e parceiro de Elomar, o violinista João Omar. O mergulho pelo cancioneiro e da prosódia roçaliana, fizeram de Estradar uma obra, a qual não descaracteriza o processo criativo original, pelo contrário, oferece uma nova interpretação ao vocabulário catingueiro.
*http://projetoestradar.blogspot.com/

Maravilhoso !!!!!! 
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TERRA BRASILIS 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ANTONIO PEREIRA - DISCOGRAFIA

O cantador amazonense Antonio Pereira acaba de lançar sua “Discografia”. A Discografia, bem entendido, refere-se a um período de sua carreira, os primeiros 21 anos.
A Coleção, com 50 musicas sob a forma de uma Caixa Musical reúne seus cinco discos, em ordem cronológica, produzidos entre 1994 e 2015. Esses 21 anos simbolizam tão somente os registros de sua longa carreira, toda ela devotada à musica brasileira, em especial ao universo amazônico que ele conhece como poucos, filho da terra que é. No Amazonas se concentra toda a sua experiência de vida e artística, cuja efervecência de ritmos e estilos surpreende a quem não conhece – ou conhece apenas superficialmente – a região. Mitologias. História. Arqueologia. Utopias. Sonhos. Tragédias. Alegrias. Festa. De tudo isso é composta a Amazônia e o autor Antonio Pereira, um típico caboclo da terra, passeia por seus caminhos e veredas e vai colhendo frutos e flores, que transforma em poesia e musica. Some-se aos 21 anos de carreira discográfica outros tantos de aprendizado de alguém que durante toda a sua vida esteve imerso naquele o mundo de lendas e mistérios.
Mesmo quem já conhece os discos individualmente, ouvir a “caixa” é uma nova experiência, um  renovado encanto emoldurado por uma das melhores vozes masculinas da MPB, desde Milton Nascimento.
Pereira tem uma voz poderosa, mas não é voz que faz calar outras; é voz que agrega somada aos instrumentos, harmonizando-se aos caprichados arranjos, formando um conjunto de grande beleza. Tudo soa aos ouvidos sob medida: ninguém ouve incólume a voz de Pereira, o “Uirapuru Disfarçado de Gente”, para fazer jus à mística amazonense.
Ouvindo os CDs na seqüência de lançamento, mesmo sendo já conhecidos, bafeja um irresistível sabor de frescor. A sequência cronológica dos CDs nos dão uma idéia, não da evolução artística e musical, mas da coerência da obra de um artista que já nasceu grande e desde o primeiro trabalho (O Lago das Sete Ilhas, 1994) mostra completo domínio e segurança do que deseja expressar como artista; nenhuma das canções é supérflua, nenhuma musica foi colocada em qualquer de seus discos para ‘completar’ certo número. Pois a música para Pereira, como para todos aqueles para quem a música reflete a essência da alma, não se trata somente de estética; cada canção representa momentos ou situações especiais, que Pereira interpreta com uma sinceridade visceral, que vem da alma e assim, é como se trabalhasse, em cada tema, todas as possibilidades poético-musicais: podemos gostar mais de uma que de outra, mas o conjunto se destaca pelo mesmo zelo cuidadoso, impecável.
Pereira consegue reunir simplicidade e bom gosto. Sua obra, embora autoral e sem fazer concessão ao sucesso fácil e previsível da industria discografica, é de fácil absorção pelo público, o que faz dele uma figura bastante popular em sua Manaus. Elementos poéticos, folclóricos, místicos, rítmicos, tudo se mistura de forma coerente e harmoniosa. Ouvir Pereira é viajar pelos caminhos de água, atravessar os campos encharcados, acostumar-se à visão das palafitas e da floresta que, vista a partir de dentro parece infinita não só na sua magnitude colossal, mas nas possibilidades que se oferece (essa beleza e essa força, bem o sabemos, não a torna invencível perante a ganância humana, exigindo de nossas autoridades especial cuidado e atenção, pois a preservação da Amazônia é, em si, seu maior tesouro, seu legado para o futuro). A musica de Pereira, um homem do povo, que a região com olhos de poeta mas também de crítico, é uma boa razão para pensarmos a Amazônia com outros olhos, além do lugar-comum exposto no noticiário. Sua música o ouvinte e o convida a estabelecer conexões com mundos d’além: caminhos de barro e asfalto, terras ásperas da caatinga e do cerrado, platôs e montanhas andinas, brancos desertos que milhões anos no passado dominaram a paisagem hoje verde. Existe conexões poderosas, concretas e/ou imaginárias entre a Amazônia e o mundo e do ponto de vista musical, estão presentes na obra de António. Nela se sente a viva presença dos folguedos populares, latinidades e outros sinais de vida do continente que não por acaso tem o formato de um imenso coração: afinal, o que acontece na Amazônia tem ressonância no resto do continente, quiçá do mundo. Através da musica podemos tecer reflexões sobre uma imaginária “aldeia global” que se influencia mutuamente.
A CARREIRA
 Antonio Pereira começou sua carreira discográfica com um grande disco porque o trabalho foi maturado lentamente ao longo dos anos. A Discografia começa e termina no mesmo nível, do primeiro ao quinto trabalho, porque o autor se formou como artista ao longo de muitos anos antes de se lançar ao disco. Conhece, portanto, seu oficio desde a base, podemos dizer.
Tocando desde sempre nos bares, festas, teatros de Manaus, ele aprendeu “na unha”, como se diz. Sua aguda sensibilidade e sua proximidade das pessoas, fez de Antonio Pereira um especialista no que concerne a compreender o gosto do público, ao qual sempre agradou, mas sem abdicar de suas próprias concepções artísticas. Ao decidir gravar, já era um mestre completo de seu oficio e sua obra um bloco sólido que nos foi revelando aos poucos.
Antonio traz a Arte para junto de nós, público, pois ele canta olhando nos olhos do publico.Essa familiaridade é o ponto crucial de sua originalidade, tornando fácil aos ouvidos e olhos do publico que o assiste e ouve, arranjos sofisticados que ele revela sobretudo em algumas raras peças instrumentais de grande beleza (seria possível imaginar a obra de Pereira ornamentada por uma grande orquestra? Essa Discografia poderia ser uma grande Cantata Amazônica, numa desconcertante fusão de ritmos, poesia, dança, folclore, latinidades).
Uma obra com densidade e profundidade porque foi construída com firmes pés no chão e o alicerce fundamental, além do talento, é o universo amazônico, sempre o tema central. E a Amazônia borbulha de histórias, mistérios. Seja de seu passado mítico ou aventureiro, seja do próprio presente; da produção de riquezas, de produtos cosméticos, medicinais; pujante natureza; santuário ecológico.
Os discos: ( todos ja postado no blog terra brasilis)
O Lago das Sete Ilhas (1994);
Lendas (1998);
Estrada de Barro (2002);
Afluentes (2007) e
Luz de Lamparina (2015)
 
Os títulos não são casuais. Todos evocam  o lugar onde Pereira nasceu e se formou como pessoa e como artista, fiel por todas as dádivas recebidas de forma tão abundantemente: a generosidade da terra, é a generosidade do próprio Pereira.
Cada disco dá o seu recado e embora predomine o astral amazônico, a poesia universal está presente. Se a Amazônia é o “pulmão do mundo” como dizem, por esse pulmão circula a força vital do mundo. A Amazônia dá e recebe.
Os três primeiros trabalhos ( O Lago das Sete Ilhas, Lendas e Estrada de Barro) são desdobramentos de temas comuns do grande e denso caldo;
O quarto disco, o Afluentes, dirigido por Vidal França e com participações nas composições de Chico Branco, Amauri Falabella e a forte presença vocal de Katya Teixeira  nos vocais de Canteiros do Coração é o ponto convergente, que tanto encantou João Bá, que ao me entregar o CD que eu ainda não conhecia, asseverou: “esse eu garanto que você vai gostar!” Ele estava certo, pois gostei e desde o começo foi para mim o elo que faltava, a grande integração entre a Amazônia e o mundo – e não apenas como eterna fonte de exploração.
O quinto disco, Luz de Lamparina, embora seja seu disco mais autoral e pessoal, com musicas compostas ao longo da vida, é o que mais dialoga poeticamente com o resto do mundo além do Amazônico. Destaque para "Vera Cruz" onde tive a impressão de ouvir ecos de viola nordestina, romances mouros...
Amauri Falabela, João Bá, Dani Lasalvia e Pereira

AMAZÔNIA É HOJE!
Um mundo à parte e ao mesmo tempo integrador, permanentemente desafiador. Seus caminhos de água guardam surpresas ao “caminhante” pouco importa o quão habituado se esteja em percorrer suas trilhas liquidas. E toda beleza e desafio do mundo onde reinam as águas, estão presentes  na obra e na vida de um de seus habitantes mais ilustres: Pereira respira Amazônia e seu coração pulsa ao seu compasso.
Somos afortunados por ter ser contemporâneos de um artista que nos lega belíssimos retratos e contundentes retratos da Amazônia e nos oferece a possibilidade de vislumbrar que o ser humano pode perfeitamente viver em harmonia com a natureza. Estejamos atentos, pois o que hoje é uma opção, amanhã pode não ser! Que no futuro não venhamos a ouvir um réquiem para a floresta.
*texto extraido http://www.sertaopaulistano.com.br


A quem estiver interessado em adquirir, segue o telefone do artista:

(92) 99233-7330 (whatzap). O mesmo também pode ser contatado via facebook. O material é remetido via Correios.

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RECOMENDADÍSSIMO !!!! 

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NOEL ANDRADE E BLUES ETILICOS

Meus caros.
Mais uma vez deixando uma faixa para trás do disco, a faixa  "empreitada perigosa" e mais uma vez agradecer ao  parceiro musical Marcelino Lima do blog barulhodeagua.com/. por mais essa empreitada kkkk.

Empreitada Perigosa
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

NOEL ANDRADE E BLUES ETÍLICOS - CANOEIRO

O violeiro Noel Andrade e o grupo Blues Etílicos juntos resultam numa mescla única entre a música sertaneja de raiz e o blues. As músicas se sucedem em suaves variações, descortinando-se um horizonte sonoro totalmente novo e inesperado. A obra de Tião carreiro é revistada com novos arranjos e ritmos, mas mantendo o respeito ao seu DNA original, contribuindo para incluí-lo na contemporaneidade, universalizando e expandindo seu leque de público.

Saiba mais sobre o disco no blog https://barulhodeagua.com/

855 – Noel Andrade e Blues Etílicos homenageiam Tião ...


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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

VIOLETA DE OUTONO - AO VIVO ESTUDIO SHOW LIVRE

O Violeta De Outono foi formado em 1984 em São Paulo, Brasil, por Fabio Golfetti, Angelo Pastorello e Claudio Souza, moldando sua própria sonoridade ao misturar as tendências correntes na época com a psicodelia de Pink Floyd/Beatles, e rapidamente ganhou a atenção de público e mídia. Ao longo de mais de 30 anos de estrada, a banda se manteve ativa, obtendo uma reputação cult e reconhecimento internacional. Seus shows são conhecidos pela atmosfera hipnótica/viajante que se tornou sua marca registrada. Seu primeiro LP, homônimo de 1987, é marcado por uma psicodelia envolta em sombras que conseguiu a proeza de angariar fãs de rock progressivo e dos estilos pós-punk e dark/gótico.
O trio estreou em 1986 com o EP “Violeta De Outono” através da gravadora independente Wop Bop Discos, e inclui as faixas “Outono”, “Trópico” e “Reflexos Da Noite”. A partir deste lançamento, a banda se projetou em rádios e revistas e foi contratada pela gravadora RCA que lançou o LP “Violeta De Outono” em 1987. Durante o período RCA/BMG de 1986-1989 a banda ainda gravou o EP “The Early Years” que inclui 4 covers psicodélicos clássicos, e também o álbum “Em Toda Parte”, onde o Violeta De Outono introduziu elementos da música eletrônica e étnica na sua sonoridade psicodélica.
Durante os anos 1990, a banda se reuniu esporadicamente e registrou algumas demos que foram compiladas no álbum “Mulher Na Montanha” em 1999. Durante esse periodo o guitarrista Fabio Golfetti se dedicou ao projeto Invisible Opera Company Of Tibet, ligado o grupo franco-britanico Gong de Daevid Allen.  
Em 2000 com nova formação a banda retomou as atividades, e em 2005 foi lançado o álbum “Ilhas” com a participação do baterista Gregor Izidro e também do tecladista Fabio Ribeiro. Em 2006 o trio original se reuniu para uma série de shows especiais com a participação de uma orquestra formada de músicos da Orquestra Sinfônica da USP, que foi registrado no DVD “Violeta De Outono & Orquestra”.
Em 2007 Violeta de Outono lançou o álbum “Volume 7”, um novo marco na história do grupo, com mais influências de rock progressivo e jazz. Também desse período é o DVD “Seventh Brings Return – A Tribute to Syd Barrett”, lançado na Inglaterra pelo selo Voiceprint. Em 2012, o Violeta de Outono lançou o CD, “Espectro”, que ganhou boa recepção tanto no Brasil quanto no exterior e em 2016 o álbum “Spaces”. Esses últimos contam com a formação do quarteto,  Fabio Golfetti, guitarra & vocal, Gabriel Costa, baixo, José Luiz Dinola, bateria e Fernando Cardoso, órgão, piano & synth, e completam uma trilogia iniciada com o álbum “Volume 7”.
Em 2017 o trio original, Fabio, Angelo e Claudio, se reuniu especialmente para a comemoração de 30 anos do lançamento de seu primeiro LP de 1987. Desde então o trio está em atividade com alguns shows agendados e um futuro álbum com composições perdidas está nos planos da banda.
* https://violetadeoutono.com/

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