Esta semana tive o privilegio de receber alguns arquivos de musica regional de primeiríssima, enviado pelo jornalista Marcelino Lima expert quando o assunto é musica e cultura, administrador do elogiado site https://barulhodeagua.com, onde Marcelino faz divulgação de excelentes trabalhos referente a musica, quer ficar por dentro de lançamentos e eventos da uma visitada.
E também para minha surpresa o barulho de agua fez divulgação de postagens minhas feitas no Canto Sagrado e Nômades, para mim foi uma grande satisfação.
E nesta parceria de arquivos de musicas com Marcelino não só irá enriquecer o blog como trará grande conhecimento a todos de valiosíssimos trabalhos que muitos não tem o acesso para desfrutar.
Neste envio que recebi fiquei surpreso pela qualidade do trabalho de Neymar Dias e confesso que não a conhecia, foi enviado também matérias publicadas no Barulho de água sobre Neymar e Toninho referente ao álbum festa na roça.
Irei postar todos que recebi e mais uma vez meus agradecimentos ao amigo e colaborador Marcelino lima.
*texto extraído https://barulhodeagua.com
A releitura de clássicos da música caipira e regional exige cuidados e atenção às composições originais, mas via de regra se a tarefa couber a músicos que têm compromissos com a arte e com preservação das memórias e sentimentos coletivos em detrimento do mercado, raramente deixam de resultar em boas gravações, em álbuns que reafirmam a beleza e a diversidade sonora e de ritmos destas duas vertentes.
Expoentes da viola caipira e do acordeom, Neymar Dias e Toninho Ferragutti tabelaram com maestria neste sentido e produziram para o selo Borandá “Festa na Roça”. Lançado no primeiro semestre, o álbum ainda tem status de novidade e é difícil encontrá-lo nas lojas. Quem tiver a sorte sem precisar recorrer à compra on-line, experimentará no ato da audição como pode ser delicioso o ambiente das tradicionais quermesses e outras confraternizações que, nesta época, levam muita gente aos terreiros para compartilhar uma noite em torno da fogueira, assando milho ou batata doce com o calor das brasas, sorvendo goles reanimadores de quentão, testando o charme ao tentar fisgar uma prenda ou um peão a quem se enviou um correio elegante.
Neymar Dias e Toninho Ferragutti tinham em mente utilizar percussão e violão, entre outros instrumentos,. Contudo, já no estúdio, após consumarem a gravação da abre-alas “Boiadeiro Errante” (Teddy Vieira) optaram por tocar a empreitada adiante apenas com as dez cordas e a sanfona. Ao final dela, o duo terminou por legar ao público e à cultura caipira uma singela homenagem. As treze músicas do repertório, todas executadas em versão instrumental com pequenos arranjos que acrescentam dinâmicas e sonoridades diferenciadas, embora conservando a força da simplicidade melódica, já embalaram sonhos, alimentaram saudades, modificaram planos pessoais, foram cantadas por muitos de nós e de nossos antigos ao pé do rádio ou em rodas entre amigos, fizeram parte de trilhas sonoras no cinema.
“Festa na Roça” traz, além de “Boaideiro Errante”, marcos de todos os tempos como “Rio de Lágrimas”, que entrou para o cânone do gênero como “Rio de Piracicaba”; “Menino da Porteira”, “Amargurado”, “De papo pro ar”, “Chico Mineiro” e “Tristeza do Jeca”. “Olímpico”, dos pomares de Ferragutti, a única que ainda não integrava esta plêiade, encontrou um lugar no arraial e agora também tende a se tornar imorredoura. Que meus netos tenham esta sorte!
“Muitos que regravam esses clássicos caipiras não respeitam sua verdadeira estrutura”, ponderou Ferragutti em uma entrevista para o blog “Divirta-se, uai!”. O acordeonista lembrou durante a conversa que tanto ele, como Neymar Dias, tiveram a delicadeza “de não mexer em melodias que estão no inconsciente do brasileiro”. Sem alterações harmônicas, “tocamos as músicas com propriedade, respeitando integralmente as características das canções. Acrescentamos algumas dinâmicas, mais no sentido da interpretação. Como mexer em Tristeza do Jeca?”.
Neymar Dias, por sua vez, contou que apesar da formação eclética de ambos, “o repertório sempre esteve em nosso consciente, pois crescemos ouvindo música sertaneja de raiz. Fazer um disco resgatando esses clássicos caipiras já rondava nossas cabeças fazia um tempo”. Em seguida, o violeiro deixou uma boa notícia para os admiradores da parceria: “Gostamos tanto do projeto e é tão bom fazer música com Toninho que já temos vontade de lançar um volume dois. Se fôssemos fazer um disco de todas as músicas caipiras que a gente gosta e respeita, daria um de 180 músicas. Então, vamos fazendo aos poucos.”
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Tua dedicada atividade é quem enriquece e facilita meu trabalho, Daniel! É uma grande satisfação topar com gente como você que dedica tempo e esforço para revelar e trazer ao público tantos artistas maravilhosos! Vamos em frente trocando nossas figurinhas! Valeu!
ResponderExcluirPoderi repostar este cd muito obrigado
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