quinta-feira, 10 de março de 2016

NANÁ VASCONCELOS - MINHA LÔA


Sentido, deixo  minha homenagem a este ilustre  brasileiro, pernambucano da gota, um gênio, o maior de todos percussionista do mundo !!!!!!!!!!!!!!
O coração do grande percussionista Naná Vasconcelos, de 71 anos, bateu pela última vez nesta quarta-feira, dia 9 de março. Filho de um violonista do Recife, Naná teve na infância influências musicais que iam de Villa-Lobos a Jimi Hendrix. Especializou-se em instrumentos de percussão brasileiros, particularmente o berimbau. A primeira universidade a que teve acesso foi a Universidade do Samba de Sítio Novo, imaginária entidade nascida das lucubrações do professor Jomard Muniz de Britto nos idos de 1966, onde Naná se graduou no instrumento que o fez ganhar o mundo. Juvenal de Holanda Vasconcelos (nome de batismo) nasceu no Recife mas ficou conhecido em outros países - morou 27 anos nos Estados Unidos e outros cinco em Paris, onde trabalhou e gravou discos.

Depois de tocar por algum tempo em cabarés e bandas da capital pernambucana, ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Luiz Eça, Wilson das Neves, Gilberto Gil, e passou a acompanhar Milton Nascimento e o Som Imaginário. Em 1970 foi convidado para integrar a turnê do saxofonista argentino Gato Barbieri pelos Estados Unidos e Europa.
Foi nessa época que Naná radicou-se em Paris, onde gravou seu primeiro disco, “Áfricadeus”. Em 1973 gravou no Brasil “Amazonas”, que se tornou um marco na combinação de percussão e voz na MPB. De volta ao País, trabalhou com Egberto Gismonti por oito anos, tendo gravado juntos três álbuns, entre eles o aclamado “Dança das Cabeças”.

Na década de 70, o pernambucano tocou com grandes nomes da música internacional como Pat Metheny, B.B. King e Paul Simon, nos anos 80 com vários monstros sagrados da musica internacional. Foi eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat e ganhador de oito prêmios Grammy.
O percussionista, muitas vezes desconhecido dos brasileiros, é admirado por artistas nacionais como Maria Bethânia que, um dia, em entrevista, o usou como exemplo do mais completo significado de cultura popular brasileira: aquele que não é estático, que renova a tradição. O pernambucano foi um dos autores da trilha sonora da animação O Menino e o Mundo, do diretor paulista Alê Abreu, o único filme brasileiro que concorreu ao Oscar em 2016.
Em setembro de 2015, descobriu um câncer no pulmão – na mesma semana, recebeu a informação de que seria Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Foi com seu berimbau que o músico esteve em dezembro de 2015 na UFRPE para receber o título de doutor.
"Ser homenageado vivo já é uma vitória. Na minha terra, são duas. O que mais posso querer?". Questionado como explicar às novas gerações que porventura não conhecessem seu trabalho sua importância para a música brasileira, limitou-se a dizer três nomes com quem já trabalhou: "Talking Heads, Peter Gabriel e Brian Eno", este último produtor de discos como "The Joshua Tree" e "Achtung Baby" do U2.

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