É ESSE BRASIL QUE O BRASIL NÃO CONHECE !!!!!
Parte importante do caldeirão sonoro que
é o Brasil, o Tocantins se desponta apesar de sua pouca idade, em
termos de qualidade musical. Possui produção rica em quesitos como ritmo
e temática que traduzem, com fidelidade, uma região que tão bem soube
incorporar os elementos formadores da personalidade e da tradução do seu
povo.
Em meio aos grandes nomes que compõem o
caleidoscópio poético-musical tocantinense está DORIVÃ, expressão que
hoje ocupa um lugar certo na galeria de nossos mais legítimos
representantes artísticos.
Dono de uma voz privilegiada, Dorivã
encanta também pela simpatia de atingir as pessoas através de uma
simplicidade que prende e cativa. Como os grandes artistas, ele é um
compositor que consegue traduzir situações cotidianas de forma simples,
porém, carregadas de muita poesia.
Vejo na obra poético-musical de Dorivã
algo valioso e que representa o Tocantins de modo positivo. Fã de
carteirinha do seu trabalho artístico, integro o time daqueles que
torcem e acreditam na carreira desse tocantinense de Cristalândia, que o
Brasil também precisa conhecer. Ele precisa ser ouvido por outras
platéias, que certamente o aplaudirão com o mesmo entusiasmo que nós
aqui o curtimos. Felizes de nós que o temos. Voa, cantador Dorivã. O céu
das possibilidades é todo seu.
José Sebastião Pinheiro - jornalista, poeta e compositor.
Parto de mim
Era julho da era de 61 nem sei a que horas do século passado.
só sei que os martelos e as picaretas zinian nas catras de cristal do velho itaporé e vala-me-deus.
E eu, me vendo exprimido, naquele vão de pernas, sobre uma tarimba de varas de cachimbeiro, quando de repente ziniu nos tímpanos daquela santa parteira, e das vizinhas futriqueira, O choro espocado e infarento daquele menino birrento que insistia em berrar grave e desafinado competindo com as sinaladas da catedral de Dom Jaime.E já tava até avisado no invisível, que era uma cria injeitada e de mãe cendera, e que o fundo duma rede rasgada e encardida e de beiradas caidas sem bicos e sem varanda assim o esperava.
E lá se vai o primeiro esfregar dos zoi naquela rica e cintilante claridade da bengala de Deus, e de santa luzia, que com sua luz lilás apontada pra moleira mole mole mole, moleira mole daquele pobre rebento.Que era apenas mais um mais um a apontar a cabeça nesse vão de mundo.
E ali! Nem parente e nem aderente só o foguin de uma lamparina de pavio curto queimando o pouquinho do querosene que ainda lhe restava.Sorte que ainda deu para alumiar os primeiros fulguejar daquele espoco de teimosia
E assim foi traduzido o milagre divinal que Só as cenderas traz o merecido choro solitário desse momento angelical
Isso era cristalandia da charqueada do vala me Deus do itaporé e da baixa da égua
E la se vai esse menino chorando e botando força, botando força botando, força até descobri que era mais fácil botar força cantando cantando, cantando, cantando, que continuar chorando... caaaanta passarim.
Dorivã - o passarim do jalapão
Natural
de Cristalândia-To, Dorivã iniciou sua carreira há 25 anos, tendo
participado de várias coletâneas, festivais, seminários, projetos e
eventos musicais no Tocantins, em outros estados e na Europa (França),
representando a música tocantinense no projeto Ano do Brasil na França,
realizado pelo Ministério da Cultura, com apoio regional do Governo do
Tocantins. Ao longo desses anos, vem desenvolvendo um trabalho maduro
como cantor e compositor. Suas composições e pesquisas manifestam o
estreito convívio com a cultura tocantinense, sempre centrado na base
musical que é a música popular brasileira. O trabalho de Dorivã prima
por uma poesia simples e densa, que se torna patente a partir do momento
em que resgata e divulga, de forma envolvente e eficaz, suas raízes
culturais tocantinenses, bem exemplificada na canção Passarim do Jalapão
, uma espécie de hit parade regional, que dá titulo ao seu primeiro CD,
gravado no Rio de Janeiro, com direção musical de Carlos Fuchs,
participação do grupo carioca Pedro Luis e a Parede Mais foi com as
canções Forró Traquino e Romeiro do Bonfim, amplamente veiculada pela TV
Anhanguera (afiliada da Rede Globo) e emissoras do estado, que Dorivã
se tornou regionalmente conhecido.
As canções caíram no gosto popular e as portas se abriram para o reconhecimento
desse talento genuinamente tocantino. Como compositor, firmou parcerias
importantes com grandes nomes das letras e da poesia tocantinenses,
tais como José Gomes Sobrinho, Gilson Cavalcante, Ronaldo Teixeira,
Osmar Casagrande, Léo Pinheiro, J. Bulhões, Tião Pinheiro, entre outros.
Como
ativista, Dorivã participou dos movimentos culturais do Estado desde os
anos 90 e gravou, em 2005, em Fortaleza (CE), seu segundo trabalho –
Num pé de serra -, com direção e produção musical de Manassés de Souza,
trazendo regravações de clássicos do forró pé-de-serra brasileiro. Com a
produção e direção de Luis Chaffin grava, em junho de 2007, seu
terceiro trabalho com canções autorais em que reafirma ainda mais a sua
identidade musical tocantina. Dorivã navega numa diversidade musical
digna do caldeirão sonoro que é a música popular brasileira e mostra ao
público as riquezas culturais, artísticas e musicais do País via
Tocantins.
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
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