Blue Mammoth é uma banda de neo Prog Rock nascida em 2009 no Rio de Janeiro, formada por Julian Quilodran, André Micheli, Thiago Meyer e Cesar Aires.
Em 2011 o grupo lança seu álbum de estreia auto-intitulado, que com certeza agrada não os fãs de Rock Progressivo, mas também todos os amantes de música, e principalmente aqueles que buscam uma sonoridade complexa, limpa e bem feita.
O álbum foi composto e finalizado de forma totalmente independente, e só após sua conclusão a banda o lançou através de um selo, Masque Records em 2011.
Em pouco mais de 1 hora, a banda leva o ouvinte até o início dos anos 70, com sons que remetem à época, porém sem deixar de parecerem retrô. Um misto de moderno com antigo sem se tornar uma bagunça que deixa sua audição ainda mais agradável.
"Blue Mammoth" consiste em um conceito que envolve 7 histórias diferentes, divididas na tracklist do álbum: "Blue Mammoth"; "Metamorphosis"; "Rain of Changes"; "The Same Old Sad Tale"; "Quixote's Dream"; "Resurrection Day"; "Infinite Strangers".
A beleza do álbum começa logo pela capa, onde se vê a materialização do mamute azul que leva o nome da banda. Quem adquire a cópia física, vê que a imagem da capa se estende, exibindo uma estrada onde vários homens caminham rumo ao mamute.
para a bela combinação de guitarras old school e um êxtase sinfônico dos teclados e arranjos orquestrais.
Porém o conceito do álbum não se limita apenas às faixas. A capa do álbum também é um ponto forte do trabalho, pois exibe ainda mais o estilo e conceito que a banda se encaixa.
Cada personagem da história do álbum está desenhado na capa estendida do álbum, logo abaixo.
A
foto se refere à 3 das histórias do álbum: "Blue Mammoth", "Rain of
Changes" e "Quixote's Dream". É possível ver os personagens (soldados de
várias épocas) ao fundo e acima um casulo de mariposa gigante.
A
ideia da capa partiu do integrante Julian, que imaginou um mamute
imponente na beira de um precipício, então o ilustrador Julio Zartos fez
a arte a partir dessa ideia. Inicialmente o album não foi concebido de
forma conceitual.
André
Micheli tinha alguns temas já compostos, e junto de Julian, pegaram
mais alguns materiais inéditos, como a peça Overture, antes direcionada
para orquestra, e assim foram formando o conceito da peça "Blue
Mammoth". Com isso, a banda teve gancho para finalizar o álbum com mais
criações, para assim formar o elogiado trabalho.
Um
trabalho magnífico, bem produzido, desde a capa à composição musical.
Há uma maestria cristalina na composição das faixas. O álbum, sem atirar
pra todos os lados, alcança uma homogeneidade e consegue agradar a
todos os amantes da música em geral, principalmente os entusiastas do ProgRock da década de 70. Um trabalho verdadeiramente caprichado,
digno de estar na estante de todo colecionador!
Pra quem é fã de Genesis, Marillion vão deslumbrar com a semelhança dos vocais e dos arranjos.
Se vc gostar adquira o original valorize a obra do artista.
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Fugindo de sua longa tradição, o Brasil tem sido varrido por
amontoados de música descartável nos últimos anos.
Este movimento começa em meados da década de 90, e tem se
estendido até a atualidade. Infelizmente, o populismo que permeava a política do
país se enraizou na música, e para os que preferem algo com qualidade sofrem
martírios ao ligarem TV ou rádio.
Mas como o que é bom resistem às intempéries modistas, o
Brasil também se mostra um produtor de ótimas bandas de Rock em todas as suas
vertentes. E no Rock Progressivo, temos no quarteto carioca BLUE MAMMOTH um de
seus grandes representantes em nosso país. E felizmente, para os ouvidos mais
exigentes, eis que eles retornam com seu segundo álbum, "Stories of a
King".
Em relação ao disco de estréia, "Blue Mommoth" de
2011, o trabalho do grupo está mais coeso, mais sólido. Mas não se preocupem,
pois aquela sonoridade rebuscada, muito influenciada por gigantes do gênero
como GENESIS, YES e JETHRO TULL continua a mesma, bonita e elegante, mas
existem toques modernos que fogem um pouco ao estilo, algo herdado do neo Prog. Mas não destoa, pois o trabalho do grupo é incrível, uma experiência
etérea e maravilhosa de ser experimentada.
Em termos de qualidade sonora, "Stories of a King",
podemos dizer que o disco foi um parto para ser feito, fora os problemas com a
saída do guitarrista César e a entrada de Vinícius. Mas mesmo com tudo isso, a
banda conseguiu uma qualidade sonora de primeira, estando bem claros cada um
dos elementos que compõem sua música. E mesmo alguns timbres mais modernos aparecem
nas guitarras vez por outra.
A arte da capa é maravilhosa, algo de belo e que transmite
as idéias conceituais das letras do disco, mas sem deixar de ligar a obra ao
grupo.
Vocais de primeira, linhas de teclados e guitarras excelentes,
baixo e bateria mostrando-se coesos e com bom nível técnico, fora momentos com cellos
e flautas. E tudo isso com uma dinâmica bem diversificada, com arranjos sempre
técnicos, e em alto nível. Se a palavra "fantástico" pode definir o
trabalho de uma banda, realmente o BLUE MAMMOTH merece.
Em dez músicas, a banda desfila um trabalho que supera as
expectativas, que vai adiante de certas limitações e fronteiras. Podemos dizer
que a banda faz Rock Progressivo atualizado, ou seja, tem toda a vibração e
técnica dos anos 70, com aquela atmosfera etérea, mas ao mesmo tempo não nega o
presente, e caminha para o futuro de peito aberto.
É interessante ver que a banda não tem uma música
gigantesca, algo comum ao estilo, mas mesmo assim, cada canção é preciosa e
mostra algo belo.
Se vocês desejam algumas faixas para mera referência do
leitor, podemos indicar "The Endless Road" e seu belíssimo trabalho
vocal assentado em uma base instrumental bem diversificada, a mais moderna e
pesada "Children's Fear" (com um trabalho de guitarras e baixo muito
bom, trazendo o peso e modernidade do Prog Metal para o trabalho do grupo,
embora os vocais temperem a música com aquele jeitão setentista), a linda e
introspectiva "Lonely Flight" e seus arranjos de teclados e uma
bateria muito bem postada, a envolvente "Nobody's Hero" (mais uma
vez, os teclados se sobressaem muito bem, fora um solo muito bom), a pesada "The
Reign" e seus arranjos instrumentais mais voltados para o Prog Metal (se
sobressaindo mais uma vez baixo e bateria), e a emotiva "Wrong Ways"
(que mesmo com momentos mais pesados, mostra forte dose de emoção e boa dose de
acessibilidade musical, sem, no entanto, perder a qualidade).
E é interessante citar que cada letra conta a história de um
personagem, contadas sob o ponto de vista de um narrador (no caso, o próprio
quarteto), que nos leva a contemplar cada momento da vida, com seus altos e
baixos, e talvez vermos as nossas próprias vidas ali.
Um disco marcante, e que pode ser tornar um futuro clássico
do gênero por aqui.
Longa Vida à música de qualidade!
Longa Vida ao BLUE MAMMOTH!
Se vc gostou adquira o original valorize a obra do artista.
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