Tempo foi gravado nos seguintes estúdios: HP Records ( Salto/SP ), Estúdio DoZé ( Salto/SP ) e no Bugre Audio Design com a produção de Marcelo Bugre e mixagem de Billy Sherwood ( ex-guitarrista do Yes e produtor de álbuns do Motörhead, Toto, Ratt, Paul Rodgers além do próprio Yes ) no The Office em Van Nuys/Ca - Estados Unidos. Como qualidade é algo que a Banda do Sol não sabe economizar, a masterização ficou por conta de Joe Gastwirt ( que já trabalhou com grandes nomes como Paul McCartney, Jimi Hendrix, Ramones, Pearl Jam, Santana, Grateful Dead, Neil Young, Lyrnyrd Skynyrd ) no Oceanview Digital Mastering em Oak Park/Ca - Estados Unidos. E uma produção tão bem gravada, não estaria completa sem a beleza da capa e encartes, um trabalho assinado por Robson Piccin.
Som Do Sol abre o álbum Tempo com violão, guitarra e baixo entrando juntos com os vocais de Moa Jr para criarem uma atmosfera melodiosa muito positiva nas primeiras viagens nos teclados de Allex Bessa e João Leopoldo, que são aumentadas com o solo de guitarra de Fran Simi. Voar é bem mais progressiva, dotada de uma bela adição de ritmos que segue logo após os seus primeiros acordes e nos conduzam para uma viagem bem profunda realizada pelo guitarrista Fran Simi, que lembrou-me muito do que Steve Howe costumeiramente faz no Yes. Outro ponto forte de Voar está na suavidade dos vocais de Moa Jr. e na técnica do baixista Cesinha Rodrigues que realiza um grande trabalho. Mais ao meio da música te convido a fechar os olhos e soltar sua mente para as longas viagens combinadas de teclados, repiques de bateria e guitarras que evidenciam a beleza deste cd Tempo. Em Quem Eu Sou? a Banda do Sol apresenta, com muita leveza, uma melodia suave de violões questionando na sua letra dúvidas básicas da humanidade ( como por exemplo no verso: "de onde eu vim?" ) respondida em uma maravilhosa harmonia progressiva.
Com a guitarra de Fran Simi de assumindo os holofotes com solos mais fortes e os teclados de Allex Bessa fazendo a base, o Rock´n´Roll de Yes Blues torna-se um chamado para se ouvir a boa música que é trabalhada com muita técnica e categoria pelos músicos da Banda do Sol. Atente os ouvidos para as viagens na guitarra. Interligada com Yer Blues, a seguinte é Praça da Paz e surge com uma viajante presença dos teclados de Allex Bessa e sente-se uma 'pitada' de Supertramp nos solos de guitarra. Outro destaque são as linhas instrumentais mescladas à voz calma de Moa Jr. que são um deleite à parte de nesta quinta faixa de Tempo.
A faixa seguinte é a que intitula do disco e tem a participação de João Leopoldo e Allex Bessa nos teclados, e o belo clima instrumental Nota 10 criado pela banda é digno de entrar nos estandartes do Rock Progressivo. Exaltar a perfeição alcançada por cada músico em seu instrumento é balela, então ouça, sinta e perceba como cada nota entra na alma. Tempo também é uma faixa para soltar a mente e viajar bem longe, pois os elementos para isso estão presentes na letra, nos solos de guitarra e nas ambientações feitas pelos teclados. A instrumental Fabito é um Jazz Rock que tem a participação de Billy Sherwood na guitarra e suas melodias apresentam grandiosas evoluções instrumentais, especialmente nos teclados e guitarra. Depois, Maya possui um andamento mais Rock e uma longa viagem até que os vocais de Moa Jr. levem nossa mente a um estado de plena felicidade com a letra cantada. Durante o solo de guitarra ( bem "floydiano" ) e teclados é aberto o portal para uma viagem mais profunda em um quase duelo instrumental de muito vigor e técnica entre os músicos Fran Simi e Allex Bessa.
Sinal de Liberdade tem ares mais hindus com as participações de Johny Murata
(
do Trio Lumina na sitar ), Marcos Trinca ( na Tabla
) e Jimmy Junoi ( no Harmônio ). Se apenas esses ares não fossem suficientes para dar uma
característica única à música, a Banda do Sol incluiu ainda um ótimo e longo solo de
guitarra que marcou mais uma participação de Billy Sherwood, longos
solos de teclado de Allex Bessa e a harmonia dos vocais de Moa Jr.. Isso é Rock
Progressivo como tem que ser, e o melhor em pleno Século 21.
A curta Javanatar
é tocada com muito feeling no piano que apresenta melodias mais tristes,
mas encerram brilhantemente o cd Tempo. Entretanto, a Banda do Sol
disponibilizou dois bônus
ao vivo, sendo que o primeiro é Prana - com a guitarra, vocais e teclados com
uma linha quase espacial com a viagem que é produzida - e a segunda Mahavishnu - a
excelente faixa instrumental que encerra o cd definitivamente com linhas tão
interligadas à anterior que transformam estas duas canções em uma só com
destaque para os solos de guitarra de Fran Simi.
E tinha gente ( muitos críticos Punk de
araque ) que diziam que o Rock Progressivo não iria sobreviver ao tempo, bem
meu caro(a) crítico, saiba que o Rock Progressivo não só sobreviveu como
renasceu com forte presença no Brasil, sendo que este álbum Tempo é uma excelente
prova. Para os fãs de Genesis, Yes, Supertramp, nomes brasileiros
como Casa Das Máquinas, 14-Bis e Mutantes ( em sua fase progressiva
) e amantes de um bom Rock Progressivo este
álbum lançado pelo Som do Darma é peça fundamental em sua coleção.
Por Fernando R. R. JúniorDownload
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