Utilizando um grande arsenal de sintetizadores, incluindo o minimoog e o modular Roland System-700 Laboratory, o compositor lançou 10 álbuns e participou de 10 coletâneas, sendo 6 internacionais. A música é melódica, majestosa, épica, formada por texturas orquestrais criadas por sintetizadores, vocoder, vozes, seqüências eletrônicas e percussão. Uma música cósmica e de grande elevação espiritual.
Aos 13 anos começou a trabalhar na maior rádio local com seu pai Eloy Fritsch. Trabalhando na discoteca da radio tomou contato com diversos estilos musicais. Decidiu estudar música e criar uma banda com seus colegas de colégio.
Em 1983 o Apocalypse estava formado e apresentava-se em toda a região da serra gaúcha. Fritsch estudava piano e tocava nos ensaios do Apocalypse com o órgão do colégio até que comprou seu primeiro sintetizador, o Korg MS-10. Com este sintetizador analógico e outros intrumentos locados realizou, em 1984, seus primeiros estudos de música eletrônica. Fritsch estuda piano, cello, violão, participa do coral e da orquestra de sua cidade natal Caxias do Sul, mas seu maior interesse estava voltado para a computer music e o seu grupo de rock progressivo. Após conquistar importantes prêmios em festivais regionais, o grupo Apocalypse participa de uma coletânea em 1989. Fritsch grava com seu grupo em 1990 o LP chamado APOCALYPSE e realiza diversas apresentações musicais.
Em 1993 Fritsch adquiri um computador Atari ST 1040 que utiliza para realizar seu mestrado e compor o primeiro album chamado Dreams, lançado em 1996. A música foi influenciada por filmes de ficção científica e a paixão de Fritsch pelo espaço é perfeitamente identificada em sua música. O sentimento do compositor em relação à possibilidade de não estarmos sós no Universo, o fato de não compreendermos nossa existência, o nosso pouco conhecimento sobre o magnífico Cosmos e as surpresas que nos aguardam no futuro, é transformado em música. Todo esse sentimento aliado aos recursos tecnológicos de seqüenciadores e teclados motivaram ainda mais à realização de suas primeiras composições com sintetizadores.
Após a gravação dos álbuns de rock progressivo Perto do Amanhecer (1995) e Aurora dos Sonhos (1996) com o Apocalypse, Fritsch cria seu próprio estúdio de composição com vários sintetizadores e assina contrato com a gravadora Atração de São Paulo para o lançamento de seu álbum Behind the Walls of Imagination.
Com a boa recepção dos álbuns progressivos do Apocalypse na Europa, Eloy Fritsch assinou contrato com a gravadora MUSEA, da França, para lançar o álbum SPACE MUSIC, pela DREAMING - divisão de música eletrônica.
Após concluir seu Doutorado com a Tese na área da Computer Music, assumiu como professor de música eletrônica na universidade e inicia a construção do CME - Centro de Música Eletrônica do Instituto de Artes da UFRGS.
Paralelo a sua atividade acadêmica Fritsch continua seus projetos artísticos com o Apocalypse tocando no Planeta Atlântida e viajando para o Rio de Janeiro para tocar no Rio Art Rock Festival e para os USA para tocar no Festival ProgDay1999.
Em 2001 lança o álbum Mythology : inspirado nas lendas mitológicas dos vários povos da Terra. As imagens e o design gráfico foram criados pela artista plástica U. Barreto. Destaque para as músicas Shiva e Atlantis que foram selecionadas para fazer parte das coletâneas holandesas de música eletrônica, E-dition # 13, E-dition # 14, respectivamente.
Em 2002, Fritsch compôs as suítes eletrônicas do álbum Atmosphere. O álbum conceitual foi feito em defesa da atmosfera do planeta Terra. Por isso várias imagens fascinantes, de formações gasosas, fazem parte da capa e encarte. Os climas e temas retratam as camadas atmosféricas do nosso planeta, tipos de nuvens e a aurora boreal. Atmosphere é disco que une a música sinfônica e eletrônica, simulando coral e orquestra através de samples e sintetizadores. O álbum foi lançado em 2003 e a composição Ionosphere foi selecionada para a coletânea espanhola Margen - Music from the Edge Vol. 6 .
Neste mesmo ano, Fritsch finaliza as instalações do Centro de Música Eletrônica (CME) da UFRGS e realiza a inauguração. O CME disponibiliza três laboratórios de música eletroacústica com os mais avançados recursos para composição por computador. Fritsch inicia, com sua equipe de pesquisa e extensão, uma série de concertos de música acusmática com a orquestra de alto-falantes da UFRGS, apresentando-se composições em diferentes teatros e auditórios da universidade.
Em 2003, Fritsch finaliza as gravações do álbum Landscapes que acaba sendo lançado somente em 2005. Com temas mais curtos e influenciados pelo progressivo, Fritsch apresenta quase que um retorno ao CD Behind the Walls of Imagination. Alexandre Bandeira, que já havia participado da produção do álbum de 1997, novamente é escolhido para fazer a capa e os encartes. A arte magnífica retrata as paisagens imaginárias da música de Fritsch. A faixa Andromeda torna-se o destaque desse disco sendo escolhida para duas coletâneas: a argentina Compact Mellotron 34 e holandesa Edition #15. Posteriormente, uma versão reduzida da música Andromeda é lançada em videoclip.
Em 2006, Fritsch lança pela DREAMING (divisão de música eletrônica da gravadora francesa MUSEA), Past and Future Sounds (1996 – 2006). Uma coletânea comemorativa aos 10 anos do projeto de composição de música instrumental eletrônica. O álbum contém músicas dos sete CDs e mais quatro composições realizadas em 2005. A Suite The Garden of Emotions torna-se um dos destaques do CD sendo selecionada para duas coletâneas: a brasileira Brasil Instrumental 2006 e holandesa Edition #5.
Fritsch é autor do Livro e DVD Música Eletrônica - Uma Introdução Ilustrada lançado pela Editora da UFRGS recebendo o Prêmio Açorianos de Música 2008. O compositor gaúcho compôs trilhas para televisão, rádio, teatro e instalações. Suas composições são utilizadas em documentários e aberturas de programas na televisão.
Com a banda Apocalypse foi escolhido melhor tecladista do festival Proday99 nos USA, melhor instrumentista do Festpop, tendo gravado 12 álbuns e 3 DVDs. Com o Apocalypse também abriu os shows do Uriah Heep no Rio de Janeiro e do Yes em Porto Alegre, e recebeu a Menção Especial do Prêmio Açorianos de Música pelos 25 anos de carreira do Apocalypse.
Em 2012 lançou o décimo CD da carreira intitulado Exogenesis contendo a suite eletrônica Exogenesis em 4 movimentos inspirados na gênese do Universo. Unindo o sinfônico e o eletrônico, mas sem esquecer os instrumentos étnicos, o compositor de música New Age utiliza a alta tecnologia a serviço das emoções.
“Behind the Walls of Imagination é carregado de espiritualidade freqüentemente apresenta um instrumental poderoso que mantém o senso de maravilha, assim como o título insinua. Se você está procurando um disco que mistura new age e progressivo, aqui está ele." (Progression - The Quaterly Journal of Progressive Music -USA -Fall/Winter 1999-2000).
- Overture
- Flying Over the Rainbow
- Eternity
- Quasar
- The Journey Starts Now
- Behind the Walls of Imagination
- Cosmic Winds
- Floating Free Between Stars
- Tropical Birds
- Triumph Hymm
- The Last Frontier
- Centaur
- The Fortress of Solitude
Temos um grande equivoco de achar que os melhores estão lá fora, os medalhões dos anos 70 e por ai vai, esquecemos ou a maioria não sabe que o Brasil tem pessoas e bandas que fazem um trabalho muito serio tanto na new age, rock progressivo, rock sinfônico, Word music e musica eletrônica instrumental e de altíssima qualidade de não deixar nada a dever a gringos e troianos.
Esta na nossa barba e viramos as costas, e os gringos ficam babando..... (Daniel)
Se vc gostou compre o original, valorize a obra do artista.
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Confesso que não conhecia Eloy Fritsch, mas ao ouví-lo pela primeira vez a gente se emociona e se orgulha de sabermos que no Brasil tem gente de tanta qualidade, não deixando nada a desejar aos melhores músicos e compositores de new age, rock progressivo e música eletrônica do mundo. Paraéns. E se possível, poste mais trabalhos del. Obrigado.
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