Silvério Pessoa chegou ao mundo com a doçura do cheiro dos canaviais
de Carpina, Zona da Mata Norte de Pernambuco, a 47 km do Recife. Dona
Ivete, sua mãe, era professora de acordeon – daí por que dizem ter
sido acolhido uterinamente pela musicalidade! Cantos e melodias estão na
sua genética. As sensações que lhes traziam o forró e o maracatu rural
despertaram um tantinho mais a vocação. E daquele menino nasceria o
artista.
Antes, porém, Silvério seguiria o ofício de educador. Graduação e
especialização sedimentariam a trajetória desse cidadão carpinense de
olho no mundo, que, na metade dos anos 90, deixaria, de uma vez por
todas, a música protagonizar os capítulos seguintes de sua história.
mais à frente.
O Músico
De 1994 a 2000, um mergulho profundo no movimento Manguebeat, em
seu auge. Com a banda Cascabulho, Silvério Pessoa gravou o CD Fome dá
dor de Cabeça, revisitando a obra do paraibano Jackson do Pandeiro.
Dedicando-se aos vocais, começou a se aproximar da forma rítimica
e sincopada do mestre, com quem multiplicaria os encontros mais à
frente.
Nascido e criado no meio do povo, fez de seus trabalhos uma
referência à linguagem, aos modos e costumes da gente pernambucana, seja
da Mata Norte, Agreste ou Sertão. Mas é a alma nordestina quem lhe
norteia. E inspirações não lhe faltam nunca pra misturar ciranda com
baião, forró com maracatu, com referências e reverências a grandes
artistas, como o alagoano Jacinto Silva e o seu coco de roda.
Mas quem esperar de Silvério um som ultrapassado, esqueça. É
essencialmente contemporâneo. Ele dialoga com rock, pop, punk e
intervenções eletrônicas. Um verdadeiro sincretismo musical de tudo o
que ele vê e ouve por aí, acompanhando os 8 discos gravados desde o
início da carreira solo.
Um voo nada solitário pelo planeta música.
Muito bom !!!!!!!
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
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TERRA BRASILIS
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