João
Triska, legítimo filho do Sul do Brasil, desbravador do território
sul-americano e considerado um dos novos e promissores talentos dentro
do universo da música popular brasileira mostra, aos seus 28 anos, ao
que veio. Explorando os variados gêneros, ritmos e elementos estéticos
da América do Sul, é dono de uma sonoridade singular e inovadora,
imbuída de uma personalidade inquieta e crítica, integrando à linguagem
moderna e contemporânea o essencial de suas raízes. "Iguassul", seu
segundo trabalho de estúdio, nos convida a romper as ilusórias
fronteiras entre o Brasil e América do Sul, em canções
que fluem livremente entre o português e o espanhol, entre a milonga, o
baião, o reaggea, o rock e a lambada.
A
riqueza de timbres, cores e sotaques nos fazem percorrer o continente
junto com Triska, que compôs muitas das canções em viagens pela América
do Sul, como é o caso de "A Semente"(Mato Grosso) "Ojo del
Inca"(Bolívia),"Cerro Memby"(Paraguay) e "Guartelá"(Paraná).
A forte vertente e criatividade do compositor brasileiro, a sagacidade e sobriedade de sua poesia e a valorização das raízes indígenas revelam-se em músicas como "Iguassul" e "Peabiru" e num dos hits do disco: "Chima", que conseguiu traduzir o hábito cultural mais presente no Sul através do humor e no embalo de um bom Reggae.
A forte vertente e criatividade do compositor brasileiro, a sagacidade e sobriedade de sua poesia e a valorização das raízes indígenas revelam-se em músicas como "Iguassul" e "Peabiru" e num dos hits do disco: "Chima", que conseguiu traduzir o hábito cultural mais presente no Sul através do humor e no embalo de um bom Reggae.
Outro destaque do trabalho são as parcerias entre João Triska e o premiado poeta mineiro Guilherme Gontijo, cujo estilo indecifrável faz o que há de mais belo e sofisticado soar simples e direto, como em "Jataí" e a "Pedras, Panos, Liberdade", que, vale a pena ressaltar, se encaixa perfeitamente com a situação e atual conjuntura política brasileira.
Os
profissionais escolhidos por sua vez trouxeram consistência e
bagagem para a missão Iguassul; seja no exímio cuidado e sutileza de
timbres da produção musical de Luis Piazzetta, das guitarras
"encarnadas" de Du Gomide, das notas precisas do baixo de Thiago Duarte
ou da riqueza percussivamente latina de Léo Cardoso e Denis Mariano. A
soma dos talentos individuais foi muito valiosa em todo processo de
gravação, onde buscou-se a construção coletiva dos arranjos das canções
de modo a favorecer a liberdade criativa e a harmonia do conjunto.
No
desfecho desta expedição musical pelo curso do rio "Iguassul", em busca
da lendária "Terra sem mal", as duas presenças que brilham são do
consagrado cantautor Paulinho Moska em "A Linha Além", que tem trilhado
este caminho de conexão com a América do Sul e cuja conexão com a
musicalidade de Triska foi imediata e da bela e delicada voz da cantora
Thamires Tannous, que interpreta a romântica canção "Em Teu Ser".
O
primeiro álbum solo de João Triska, "Nos Braços dos
Pinheirais", lançado em 2015, focado em resgatar e difundir a
musicalidade de raiz de sua região e explorar a sonoridade da viola e do
acordeom, foi eleito um dos mais influentes do Estado do Paraná em 2015
(Gazeta do Povo), figurou entre os 100 melhores da música brasileira de
2015 (Ed. Félix), além de levá-lo à final do PPM2015 na Categoria de
Melhor Artista Regional.
Iguassul
é um passo além-mar, o lança em direção ao pop, ao "som universal",
e faz de João Triska um dos novos nomes da música popular brasileira,
por defender um trabalho genuíno e capaz de apresentar a estética do Sul
ao resto do mundo, expressando em canções a exótica beleza
sul-americana.NOS BRAÇOS DOS PINHEIRAIS
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