Os músicos Élcio Dias & Amorim, cantadores da cidade de Embu das
Artes, lançaram pela produtora e gravadora Kuarup o álbum digital Élcio Dias & Amorim cantam Pena Branca & Xavantinho em
homenagem aos artistas. Influenciados por clássicos do repertório
caipira e ritmos da cultura popular como a congada, o pagode, a Folia de
Reis e músicas juninas, eles se juntaram em torno da obra de Pena
Branca & Xavantinho, interpretando os grandes sucessos da dupla. O
álbum traz 16 músicas e, entre elas, pérolas como O Cio da Terra, Vaca
Estrela e Boi Fubá, Cuitelinho e Calix Bento.
A ideia do projeto
surgiu em 2003 quando Élcio estudava música na Faculdade Paulista de
Artes. Em 2008, o músico apresentou um show na Festa de Santa Cruz
de Embu das Artes em homenagem à velha dupla. Na ocasião, Élcio
conseguiu conversar algumas vezes com Pena Branca por telefone e
aproveitou para pedir autorização para realizar o show. Conversaram
sobre músicas e futuras parcerias, mas o tempo passou e infelizmente, em
2010, Pena Branca faleceu e o projeto foi deixado de lado. Mas em 2020,
no começo da pandemia da covid-19, passando muito tempo em casa, Élcio
decidiu resgatar o antigo sonho, fez uma grande pesquisa sobre a vida
dos cantores e voltou a ouvir as canções e se inspirar em escrever o
projeto.
Por quatro meses os músicos Élcio Dias & Amorim
permaneceram isolados em Embu das Artes se protegendo da pandemia. Ambos
se comunicavam apenas por telefone ou vídeo conferência para pesquisar,
criar e fazer a escolha do repertório até que, no mês de julho de 2020,
decidiram entrar em estúdio para gravar o álbum.
Élcio Dias
gravou violão em todas as faixas e Amorim gravou a viola, tendo a
participação especial da cantora Elisa Dias na faixa Viola Quebrada e do
grupo folclórico Folia de Reis do Lajedão na faixa Reisado. Élcio Dias
& Amorim fizeram as releituras das músicas e se preocuparam em
manter viva a essência, a pureza, a verdade e a tonalidade, que é uma
característica única e marcante da dupla Pena Branca & Xavantinho.
A
dupla carrega uma grande militância cultural. Pare eles, preservar a
cultura significa manter os bens artísticos do País construídos por
gerações e é o registro da evolução do povo. "Um povo sem memória é um
povo sem alma e Pena Branca & Xavantinho, de alguma forma,
exercitaram um papel muito importante ao mostrar ao povo que ele não
pode e não deve perder nunca as suas raízes que o prendem ao mais
profundo de si mesmo", afirmam. (http://cidadeembudasartes.sp.gov.br/)
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